ATA DA VIGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 12-4-2012.
Aos doze dias do mês de abril do ano de dois mil e
doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini, DJ
Cassiá, Elias Vidal, Elói Guimarães, João Bosco Vaz, Kevin Krieger, Maria
Celeste, Mauro Pinheiro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia,
Toni Proença e Valter Nagelstein. Constatada a existência de quórum, o senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luiz Braz, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir
Tessaro, Newton Braga Rosa, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra
e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado o Projeto de Lei do Legislativo nº
038/12 (Processo nº 0506/12), de autoria do vereador Dr. Raul Torelly. Após,
foi apregoado o Memorando nº 013/12, de autoria do vereador José Freitas,
deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar
externamente este Legislativo, hoje, no Grande Expediente da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul em homenagem aos duzentos e quarenta
anos de Porto Alegre, às quatorze horas, no Plenário 20 de Setembro do Palácio
Farroupilha, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos nos dias quinze e dezesseis
de março do corrente; e Ofício nº 223/12, da senadora Ana Amélia. Durante a Sessão,
deixaram de ser votadas as Atas da Décima, Décima Primeira, Décima Segunda,
Décima Terceira, Décima Quarta, Décima Quinta, Décima Sexta e Décima Sétima
Sessões Ordinárias, da Primeira e Segunda Sessões Solenes e da Primeira Sessão
Extraordinária. Após, foi apregoada Declaração firmada pelo suplente Reginaldo
Pujol, informando seu impedimento em assumir a vereança do dia de hoje ao dia
vinte e dois de abril do corrente, em substituição ao vereador João Carlos
Nedel. Em prosseguimento, o senhor Presidente declarado empossado na vereança o
suplente Newton Braga Rosa, em substituição ao vereador João Carlos Nedel, após
a entrega de seu Diploma e Declaração de Bens, bem como a prestação do
compromisso legal e indicação do nome parlamentar, informando que Sua
Excelência integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL.
Em continuidade, o senhor Presidente concedeu a palavra ao vereador Newton
Braga Rosa, que se pronunciou nos termos do § 8º do artigo 12 do Regimento. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Newton Braga Rosa. A seguir, o
senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao senhor Gilmar Luis
de França, Presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos
Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Estado do
Rio Grande do Sul, que discorreu sobre problemas atualmente enfrentados pelos
trabalhadores que atuam no Programa de Saúde da Família em Porto Alegre. Em
prosseguimento, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Pedro
Ruas, Valter Nagelstein, Airto Ferronato, Maria Celeste, João Antonio Dib, Dr.
Thiago Duarte, Sofia Cavedon e Dr. Thiago Duarte manifestaram-se acerca do
assunto tratado durante a Tribuna Popular. Após, foi apregoado o Memorando nº
009/12, de autoria do vereador Márcio Bins Ely, deferido pelo senhor
Presidente, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, hoje, na VI Conferência Estadual dos Advogados do Rio Grande do
Sul, às quatorze horas, no Centro de Eventos Plaza São Rafael, em Porto Alegre.
Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Paulinho Rubem Berta, Dr.
Goulart, Tarciso Flecha Negra, este em tempo cedido pelo vereador Nelcir
Tessaro, Kevin Krieger, este em tempo próprio e em tempo cedido pelo vereador Pedro
Ruas, Professor Garcia, Valter Nagelstein, Maria Celeste, Alceu Brasinha e Luiz
Braz. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora Sofia Cavedon e os
vereadores Mario Manfro, Kevin Krieger, Pedro Ruas e Alceu Brasinha. Na
oportunidade, por solicitação do vereador Haroldo de Souza, foi efetuada
verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. Em GRANDE
EXPEDIENTE, pronunciaram-se os vereadores Nelcir Tessaro, em tempo cedido pelo
vereador Tarciso Flecha Negra, e Idenir Cecchim, em tempo cedido pelo vereador
Toni Proença. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Dr. Thiago
Duarte, Adeli Sell e Bernardino Vendruscolo. A seguir, foi apregoado
Requerimento de autoria do vereador Dr. Thiago Duarte, Líder da Bancada do PDT,
solicitando alteração na representação da Bancada do PDT na Comissão Especial
de Acompanhamento e Apoio à Copa do Mundo de Futebol de 2012, passando os
vereadores João Bosco Vaz e Dr. Thiago Duarte a integrarem essa Comissão como
titular e suplente, respectivamente. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão,
estiveram os Projetos de Lei do Legislativo nos 046, 030/12, este
discutido pelos vereadores Carlos Todeschini e Elias Vidal, e 031/12, discutido
pelo vereador Carlos Todeschini. Durante a Sessão, os vereadores Adeli Sell, Nelcir
Tessaro e João Antonio Dib manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também,
foi registrada a presença, neste Plenário, da suplente Helena da Ipê. Às
dezessete horas e trinta e três minutos, constatada a inexistência de quórum, o
senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores
vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pelos vereadores Mauro Zacher, Haroldo de Souza e
Carlos Todeschini e secretariados pelo vereador Carlos Todeschini. Do que foi
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos
senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Registramos a Declaração de Impedimento do Ver.
Reginaldo Pujol em assumir o exercício da Vereança como suplente do Ver. João
Carlos Nedel, do dia 12 de abril de 2012 ao dia 22 de abril de 2012. O Suplente Newton Braga Rosa assumirá no lugar do Ver. João Carlos
Nedel. Solicito ao Suplente Newton Braga Rosa que entregue seu Diploma e a
Declaração de Bens a esta Mesa.
(Procede-se à entrega
do Diploma e da Declaração de Bens.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Solicito que os
presentes, em pé, ouçam o compromisso que o Suplente Newton Braga Rosa prestará
a seguir.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: "Prometo
cumprir a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, defender a autonomia
municipal, exercer com honra, lealdade e dedicação o mandato que me foi
conferido pelo povo." (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Declaro empossado o
Ver. Newton Braga Rosa. O nome de V. Exa. já está aqui consignado: Newton Braga
Rosa. Vossa Excelência integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e
do Mercosul – CEFOR.
Consulto se o Ver.
Newton Braga Rosa quer se manifestar, conforme art. 12, do Regimento.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Sim.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Após o apregoamento,
o Ver. Newton Braga Rosa poderá se manifestar.
Apregoo o Memorando nº 013/12, de autoria do Ver.
José Freitas, que solicita representar esta Casa no dia
de hoje, às 14h, no Plenário 20 de Setembro do Palácio Farroupilha, na
Assembleia Legislativa. O assunto a ser tratado é a homenagem aos 240 anos do
Município de Porto Alegre.
Apregoo
Processo nº 0506/12, PLL nº 038/12, de 29 de fevereiro de 2012, de autoria do
Ver. Dr. Raul Torelly, cuja Ementa diz o seguinte (Lê.): “Altera o
parágrafo 4º do art. 8º da Lei nº 8.871, de 4 de janeiro de 2002, que dispõe
sobre a condução de animais da espécie canina no Município de Porto Alegre e dá
outras providências, alterada pela Lei nº 11.220, de 15 de fevereiro de 2012,
dispondo sobre a definição e a dimensão dos espaços destinados a livre
circulação e a permanência de cães sem o uso de guia e coleira, em praças e
parques públicos municipais cuja dimensão total seja igual ou superior a 10.000
mil metros quadrados.”
O Ver. Newton Braga Rosa está com a palavra, nos
termos do art. 12 do Regimento, e depois prossegue em Comunicação de Líder. Seja bem-vindo à Câmara!
O SR. NEWTON
BRAGA ROSA: Muito obrigado. É com satisfação enorme que retorno a esta Casa depois
de ter participado do Executivo Municipal através da Secretaria de Inovação e
Tecnologia. Eu sugiro que os senhores assistam ao vídeo; vou fazer comentários,
na medida em que forem as coisas acontecendo, de modo que vocês tenham uma
ideia do trabalho que foi feito no Inovapoa, uma Secretaria jovem que foi
criada a partir de uma folha em branco em que nós tivemos de definir o que
fazer, construir, ter ideias para realizar um trabalho importante no município
de Porto Alegre.
(Procede-se
à apresentação em PowerPoint.)
O SR. NEWTON
BRAGA ROSA: Começamos as nossas atividades em 2009 e realizamos apoios importantes a
seminários internacionais que foram trazidos para Porto Alegre. O nosso
objetivo era implementar um programa de cidade inovadora conforme padrões
internacionais, que estavam situados no eixo econômico, com o objetivo de
geração de renda e empregos, a partir de atividades de base tecnológica.
Eis aqui uma das realizações importantes que
aconteceram em Porto Alegre: capacitação para a competitividade das nossas
pequenas empresas, divulgação institucional no cenário internacional dos
potenciais diferenciais de Porto Alegre; trabalhamos com sustentabilidade,
tecnologias sociais.
E agora vem uma série de slides mostrando uma documentação fotográfica. Isto aqui foi o
Habite-se que foi realizado com o apoio, inclusive, do Ver. Comassetto, que
fazia parte da Comissão Pró-Cebit; negociamos, durante três anos, com os
alemães, a vinda dessa feira para Porto Alegre. Ela aconteceu no ano passado e
vai se repetir agora, no mês de maio.
Mantivemos, em Porto Alegre, o Fórum Internacional
de Software Livre, uma realização
importante que, desde o início, há doze anos, tinha começado junto com o Fórum
Social Mundial. Essas são cenas de alguns episódios que marcaram esse evento em
Porto Alegre.
Trouxemos para Porto Alegre o Seminário Nacional de
Parques Tecnológicos, 500 dirigentes de parques tecnológicos do Brasil e do
Exterior estiveram em Porto Alegre. E, a propósito, nós temos, na Região
Metropolitana de Porto Alegre, os dois melhores parques tecnológicos da América
Latina.
Cidades em Transição foi um evento internacional
realizado, o Inovapoa apresentou um trabalho nesse Congresso Internacional.
Fomos além, houve um evento em Paris, onde estávamos com a proposta de Porto
Alegre, e outro na Escócia. Ou seja, são trabalhos que foram aprovados por um
comitê de especialistas e que recebeu o aval para a apresentação nesses fóruns
qualificados.
Trouxemos o evento, que foi o Tedx, no qual já foi
palestrante o Bill Clinton. E, talvez, um dos eventos que vocês tenham tido a
oportunidade de conhecer, colegas Vereadores, foi a Feira de Descarte
Tecnológico. Na Usina do Gasômetro, montamos um drive-thru, com dois objetivos: primeiro, medir o tamanho do
resíduo eletrônico - e sei que é uma matéria de interesse do Ver. Proença -, e
na primeira Feira, recolhemos 14 toneladas de resíduo eletrônico. Aqui temos
algumas fotos das notícias que foram publicadas na imprensa de Porto Alegre e
do Estado.
Realizamos uma segunda Feira com a parceria, mais
uma vez, do DMLU, onde arrecadamos, praticamente, o dobro daquilo que havia
sido arrecadado na primeira. Eis a equipe que participou da segunda Feira, com
uma ampla cobertura da imprensa, dos jornais: “Feira de Descarte ocorre no
sábado em Porto Alegre” – e ali já o resultado das 25 toneladas a que eu havia
me referido.
Fomos além. Esse foi o modelo framework, que nós organizamos a respeito da atividade
autossustentada no Município. E, logo em seguida, descobrimos que faltava mão
de obra. E junto com a FASC, do Ver. Krieger, aqui presente, nós realizamos o
primeiro curso no Brasil para reciclagem de equipamentos eletrônicos para
moradores de rua, que é o público mais difícil que nós podemos imaginar. Foi um
sucesso.
Eis, aqui, a capa do Diário Gaúcho; o tema mereceu
destaque não só na capa, mas em páginas internas importantes deste Jornal. E,
finalmente, o dia da formatura dos moradores de rua. Foram 20 inscritos, 15
concluíram o curso, sendo que oito foram contratados imediatamente após o final
do curso, ganhando quatro vezes o que ganhavam como catadores na rua e vivendo
de esmolas.
Outro evento importante: Fórum de Energia
Autossustentável. Firmamos um convênio com o Green Building Council a respeito de boas práticas da construção
civil em Porto Alegre; apoiamos a Casa Ecológica que está situada no campus da
Universidade Federal, uma parceria tecnológica com o Green Building.
E, aqui, já encerrando, um evento que nós realizamos, reunindo alunos de escolas de 1º e 2º graus de Porto Alegre, com o desafio de construir robôs a partir de sucatas de computadores usados movidos a energia solar, realizado na Redenção, ao lado do Monumento ao Expedicionário. Aqui: robôs na Redenção, com as diversas soluções que foram apresentadas pelos nossos estudantes.
Trabalhamos profundamente no resgate da memória do Padre Landell de Moura. Existe uma dúvida sobre
quem inventou o avião, se foi Santos Dumont ou os irmãos Wright. Algo
semelhante existe em relação à invenção do rádio, se foi o Marconi ou o Padre
Landell. Nós conseguimos mostrar que foi o Padre Landell. Houve uma série de
eventos, foram mais de 40, incluindo manifestações de pessoas de fora, um
seminário realizado na Universidade, na Feira do Livro, no auditório da FNAC,
que é um espaço maravilhoso para promoção de eventos dessa natureza, com a
presença dos familiares do Padre Landell de Moura; também houve a entrega do
trabalho que nós tínhamos feito para o Ministro das Comunicações, junto com o
Governador; o Ver. João Carlos Nedel aproveitou e deu o nome do Padre para uma
rua; e houve também a emissão de um Selo pelos Correios e Telégrafos -
cobertura da imprensa superou a nossa expectativa.
Tecnologias sociais,
ou seja, de que modo as tecnologias avançadas podem servir ao nosso estudante e
ao nosso trabalhador carentes. O projeto ‘Na Boa em Porto Alegre’, foi um slogan criado pelos jovens que
participaram dessas iniciativas, foram mais de 1900 jovens, numa série de
encontros, oficinas. O mais importante de tudo, o Democracine: todos nós temos
uma câmera de filmar; demos cursos para que os jovens em situação carente
realizassem filmes e apresentassem a visão deles a respeito da sua realidade;
Sala de Aula do Futuro: montamos uma sala de aula da maneira que a gente acha
será no futuro, aconteceu junto com a Feira do Livro.
Agora, talvez a
pérola do nosso trabalho seja o Unipoa: implantamos, na Prefeitura de Porto
Alegre, bolsas para estudantes universitários carentes. Hoje existem 411 alunos
estudando com bolsas da Prefeitura, num processo transparente - eis aqui a
repercussão na imprensa. Talvez não coubessem todos eles aqui neste plenário -
750 alunos disputaram 234 bolsas na primeira edição do programa. Criamos um
Natal diferente em Porto Alegre, um conceito, não é o ‘Natal Luz’, já
consagrado em Gramado, mas o Natal Verde, porque isso? Por que todos nós
gostaríamos de receber como presente de Natal, um planeta sustentável.
Enfim, foram mais de
30 eventos, começando na Esquina Democrática, no dia 4 de dezembro passado. Dos
vários prêmios que o Inovapoa recebeu nesses anos, talvez este seja o mais
importante: o do Conselho Regional de Administração, que deu três prêmios em 2011, um
dos três para a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, graças ao Programa
Unipoa, as bolsas para estudantes carentes de nível superior.
Com o prêmio do Comcet, o Ver. Engenheiro
Comassetto foi agraciado; a Assespro, Seprors, enfim, todas as entidades
representantes importantes do setor de tecnologia, inclusive do Joaquim Clotet.
Nós tivemos, então, nesse vídeo, alguns dados. Importante, Ver.ª Maria Celeste,
nós superamos em 187% a meta estabelecida para 2011. É um dado que eu considero
importante. Aqui está a repetição daquilo que havia no início, que é a nossa
missão e os nossos valores. Aqui está mostrando a equipe do Inovapoa; como a
Débora, que acabou me substituindo. Vocês vão ver que essa relação é muito
pequena. O Inovapoa teve 15 funcionários, todos eles voltados para a atividade
fim. Acredito que essa tenha sido uma das razões do sucesso da nossa muito
pequena Secretaria.
Um dado importante, para encerrar essa
apresentação, é que o Inovapoa, com um orçamento de R$ 5 milhões, teve R$ 1,5
milhão em lide espontânea. Isso foi cinco vezes mais, foi um recorde na
Prefeitura, do que a média da Prefeitura. Agradeço a atenção e me sinto
realizado pelo trabalho que foi desenvolvido no nosso pequeno e dinâmico
Gabinete de Inovação e Tecnologia do Município de Porto Alegre. Muito obrigado
pela qualidade da atenção dos senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Passamos à
O Sr. Gilmar Luis de França, Presidente do Sindicato dos
Profissionais de Enfermagem, Técnicos Duchistas, Massagistas e Empregados em
Hospitais e Casas de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (Sindisaúde/RS), está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de
assunto relativo aos trabalhadores dos PSF e sua situação diante do
concurso público.
O SR. GILMAR
LUIS DE FRANÇA: Boa-tarde, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores; pessoal que acompanha a Sessão de hoje; público que acompanha pela
TVCâmara, já vim outras vezes a esta Casa e acompanhei este plenário lotado
para definir as questões que diziam respeito ao atendimento à população no
Programa de Saúde da Família. Não irei usar o termo IMESF - Instituto Municipal
de Estratégia de Saúde da Família -, é Programa de Saúde da Família - PSF.
Os Vereadores têm o dever máximo de fiscalizar o
Executivo. Muitos Vereadores fecharam os olhos para fiscalizar o Executivo.
Falo isso com a tranquilidade de quem trabalhou aqui, Ver. Elói Guimarães e
demais Vereadores e Vereadoras que aqui estão.
Lembro, quando o Secretário Municipal da Saúde de
Porto Alegre era o nosso amigo, médico no Hospital de Clínicas, Dr. Pedro Gus,
que nós começamos a discutir com ele o que faríamos com os trabalhadores que
trabalhavam há 20 anos no Programa de Saúde da Família. A discussão vinha
evoluindo com vários sindicatos, Ver. Pedro Ruas, e, por incrível que pareça,
quando o Executivo Municipal, na época, viu que estava sendo fechado um acordo
que manteria aqueles trabalhadores, que construíram o PSF há 20 anos em Porto
Alegre, quando estavam construindo um acordo para manter o emprego deles e
trazer essa vergonha que é Programa de Saúde da Família – porque é o menor
programa no País, com a menor abrangência – e contratar funcionários novos,
trocaram o Secretário da Saúde; entrando um novo Secretário, Dr. Eliseu Santos.
E deu no que deu! E foram avisados os Vereadores – várias vezes vim a esta
Câmara, fui a gabinetes de muitos Vereadores, alguns deles estão aqui, outros
não estão mais –, sobre o risco que corríamos com o Sollus em Porto Alegre.
Mesmo assim o próprio Tribunal de Contas, que apontou que não poderia vir o
Instituto Sollus, depois reconheceu o Sollus. Trouxeram o Sollus, e houve o que
houve com o Sollus aqui! E nada aconteceu com o Sollus, nada aconteceu;
simplesmente pegaram o dinheiro da Prefeitura e voltaram para o lugar de onde
nunca deveriam ter saído: São Paulo. Não conheciam a nossa Cidade, não sabiam
onde ficava a Vila Nazaré, a Vila Dique, o bairro Rubem Berta, não conheciam a
Cidade; eles conheciam São Paulo. E nós, irresponsavelmente, entregamos para
uma empresa paulista cuidar da saúde da nossa população, das pessoas que
procuram os postos de saúde, das pessoas que mais necessitam. E deu no que deu!
Hoje se briga aqui por CPI; não sei, acho que não se resolve nada, porque a
maioria votou e aprovou o Instituto da Saúde em Porto Alegre. E se diz que vão
ser contratados 1.300 trabalhadores. Não é verdade, não é verdade! Simplesmente
há 11.000 inscritos para um concurso; eles estão em casa estudando, se
preparando, enquanto outros trabalhadores que hoje deveriam estar lotando, Ver.
Paulinho... Poderíamos, sim, fazer como fizeram: trazer todos os trabalhadores
dos postos de saúde e colocar todos eles aqui, lotar, para escutarem os
discursos que escutei aqui, que ouvi aqui: discursos sem responsabilidade. E
vou explicar por que falo da falta de responsabilidade.
Hoje a minha responsabilidade foi dizer para eles –
a nossa decisão vai ser hoje às 18h: hoje nós só vamos alertar os Vereadores do
que foi feito, de como poderia ser construída uma saída, e não quiseram
escutar; quiseram apertar o botão e votar, como a maioria votou.
Quero lembrar que aqui nesta Câmara de Vereadores
eu conheci uma Vereadora de quem muitos riam, de quem muitos falavam, porque
faltava alguma coisa de Faculdade – e eu nem entendo bem para que Vereador
precisa ter Faculdade: a Teresa Franco. Ela veio aqui e defendeu 1.300
trabalhadores, que estão até hoje sem concurso no Grupo Hospitalar Conceição.
Até hoje! Foi a primeira vez em que ela veio a esta tribuna. E o que os
trabalhadores do Programa de Saúde da Família querem - porque não tenham
dúvida, hoje à noite eles paralisarão os atendimentos nos postos de saúde de
Porto Alegre - é o mesmo tratamento que esta Câmara, que o Executivo Municipal,
que o Governo Estadual deram para os 1.300
trabalhadores do Hospital Conceição, que não fizeram concurso, que entraram
pela porta dos fundos e que estão lá até hoje! Nós fizemos uma proposta de
abrirem concurso para os cargos novos para ampliar o Programa, que mantivessem
os trabalhadores e que não rasgassem a história deles!
Agora nós estamos com um dilema! Eu não ficaria nem
um pouco à vontade de estar trabalhando para um Vereador que se inscreveu no
concurso para ocupar a minha vaga! Mas o que é isso?! Mas que time é esse?!
Então, nós vamos trabalhar?! Se é para isso, só
votar, como citei a maioria, na assembleia teremos a maioria.
Nós temos um contrato - e o Ver. Pedro Ruas sabe do
que estou falando, Brasinha - pela CLT; os trabalhadores do Programa de Saúde
da Família são empregados, e o empregador é a Prefeitura! O dinheiro que o
Instituto do Cardiologia paga sai dos cofres públicos municipais, é dinheiro
público. O que nós queremos? Nós queremos a manutenção de todos os
trabalhadores, senão, Vereadores, nós vamos, sim, todos ao Instituto de
Cardiologia entregar a nossa carteira de trabalho e dizer para o Prefeito e
para os Vereadores que aprovaram isso, que não quiseram manter o posto de
serviço desses empregados, que não queremos mais trabalhar, que nós vamos para
casa estudar para se preparar para o concurso. Porque nós não vamos trabalhar
para o Município enquanto o pessoal está em casa se preparando, com cursinho
pago, para assumir a minha vaga; eu que trabalhei por 20 anos, que fui
atropelado por traficante na vila!
Vocês sabem como funciona, no posto de saúde,
quando um médico não vem, porque ficou doente, e não tem outro para colocar?
Nós que ficamos fazendo a barreira para se livrar das pessoas, que, com todo
direito, querem o atendimento! Eles não querem saber se é IMESF, se é PSF, eles
querem o atendimento!
A Câmara perdeu uma belíssima oportunidade de fazer
o que já deveria ter feito, que é legalizar a situação de todos os
trabalhadores que estão no Programa de Saúde da Família.
Na minha avaliação, houve uma “cochilada”. Porque
não há nada de ilegal. O serviço foi prestado, inclusive, muito deles têm
contracheque de 19 anos atrás, com carimbo da Prefeitura Municipal de Porto
Alegre.
(Aparte antirregimental do Ver. Valter Nagelstein.)
O SR. GILMAR
LUIS DE FRANÇA: E não adianta o Ver. Nagelstein dizer que não. Eu
sei da sua posição aqui, eu a respeito, mas eu quero ver, quando eles pararem,
o senhor ir para o Posto de Saúde atender. Porque fazer discurso aqui, quando
tu tens o Plenário, é muito, muito fácil; nós viemos aqui, lotamos isto daqui,
e não tivemos oportunidade de nos manifestar. E eu quero agradecer por esse
espaço, porque, hoje, quem fala aqui é o trabalhador. É essa a fala que eles
vão fazer, e a população escutou, escuta, e vai escutar. E o pessoal que
assumiu essa votação vai assumir até o final. Nós vamos fazer a paralisação
dentro da Constituição, das leis trabalhistas. Nós somos empregados, não
queremos mais trabalhar, entregamos a carteira, e o Prefeito e a Câmara, como
arrumaram antes, arrumem uma maneira de colocar, junto com a Liderança do
Governo aqui, com o Dib, quem vai atender nos postos de saúde, porque nós
cansamos perder biênio, anuênio, de perder tempo de casa, de perder
insalubridade. Mas o que é isto?! Nós já tivemos a carteira assinada pela
Associação de Moradores de Bairro, e, todo esse tempo, não se fez nada. Depois,
vem a FAURGS, depois vem a Sollus, depois veio o Instituto de Cardiologia, e
agora se cria esse mostrengo que ninguém sabe aonde vai parar. O salário de um
Técnico de Enfermagem R$ 1.500,00?! Mas daí tem que ir para a esquina vender
pente! Por quê? Para outras áreas está sendo votado, aí, 600 milhões,
retroativos, mais 18º, 23º, e para o Judiciário tudo pode...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Convido para compor a Mesa o Sr. Gilmar,
representante do Sindisaúde.
O Ver. Pedro Ruas está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. PEDRO
RUAS: Caro Presidente Todeschini, meu caro Gilmar França, do Sindisaúde, esses
dois minutos, Presidente, eu queria dividir em duas etapas. Na primeira, quero
falar sobre a questão do Instituto Sollus, dizendo rapidamente, Gilmar, que nós
lutamos muito e continuamos lutando pela CPI, para investigar onde foram parar
os quase R$ 10 milhões. O Instituto Sollus furtou aqui em Porto Alegre, bem
como a Empresa Reação, cujos proprietários, em sua maior parte, são acusados de
mandantes do homicídio do Secretário Eliseu Santos. E essa luta pelo retorno
desse dinheiro ao Programa de Saúde da Família não terminou, só vai terminar
com o término do nosso mandato, pois nós sempre buscaremos essa investigação.
Com relação aos trabalhadores do PSF, do ponto de
vista legal, Gilmar, é inadmissível que alguém fique na mesma função, com o
mesmo trabalho, com a mesma finalidade, mudando de empregadores, é uma fraude
trabalhista gigantesca, isso tem, inclusive, súmula do TST.
Portanto, os trabalhadores têm, sim, seus direitos,
são consagrados, não só na legislação como na jurisprudência dominante em todos
os tribunais, particularmente no Tribunal Superior do Trabalho, mas, acima de
tudo, fica aqui a nossa solidariedade e o nosso compromisso de luta com essa
causa que é justa e que merece apoio.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Haroldo de Souza assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Sr. Valter Nagelstein está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras. Sr. Gilmar, eu quero
dizer que lamento pela sua responsabilidade, o senhor é uma Liderança sindical,
e eu lamento que um Líder sindical venha à tribuna da Câmara de Vereadores para
dizer que não sabe por que precisa de faculdade, o senhor está prestando um
desserviço ao seu País. Dizer que não sabe por que as pessoas precisam de
estudo? O estudo é a única forma de crescimento pessoal e de independência de
uma pessoa! E se o senhor é a favor dos trabalhadores deveria, ao contrário,
louvar o estudo como única forma de crescimento e de libertação de qualquer
tipo de amarra. Portanto eu lamento a sua fala.
Lamento trazer de novo essa questão do Instituto
Sollus, porque o Governo do Município foi além do patrimônio da empresa para
fazer o sequestro dos bens das pessoas que eram acionistas, que eram donos,
seja lá o que for, e sequestrou os bens, está buscando todas as formas e meios
possíveis para ressarcir o erário disso que nós reconhecemos como crime, nós
estamos buscando a punição dessas pessoas.
Quero lhe dizer mais: o senhor, como Liderança
sindical, deveria vir aqui e defender, como única forma de ingresso no serviço
público, o concurso, e não as pessoas entrarem pela porta dos fundos. O
concurso é a única forma que faz isonomia, é a única forma que iguala as
pessoas. Se o senhor quer igualdade, então deve falar em concurso, e não querer
privilegiar alguns, entrando pela porta dos fundos do serviço público. E quando
nós estamos falando em PSF, ou o que quer que seja, tem que ser através de
concurso. É a única forma de nós garantirmos a todos os trabalhadores a
igualdade. E quero lhe dizer o seguinte: quem sofre é o povo. Por que o senhor
está dizendo que vão parar porque não lhe colocaram pela porta dos fundos?
Então o senhor está trabalhando contra o povo de Porto Alegre. O senhor não é
uma liderança que mereça estar no posto que o senhor está.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Meu caro Presidente, eu me posiciono radicalmente contrário à posição do
Ver. Valter Nagelstein - e eu tenho curso superior e sou funcionário concursado
-, mas eu acredito que nós estamos aqui num embrulhado, e precisamos olhar, de
um lado, o Poder Público, a Prefeitura e o cidadão, e, de outro lado, o
trabalhador. E eu estou aqui graças aos milhares de alunos que preparei para
concursos públicos, trabalhei mais de 30 anos na área, só que eu compreendo que
nós estamos aí com mais de mil pessoas que estão no serviço público há 20 anos
- repito: vinte anos -, então, como é que, agora, em razão de uma lei, nós
vamos jogar para escanteio essas milhares de pessoas e vamos botar gente nova
na mesma função!?
(Aparte antirregimental do Ver. Valter Nagelstein.)
O SR. AIRTO
FERRONATO: Portanto, o “trenzinho” tem que ser aquele que mantém os direitos e a
dignidade daqueles que trabalharam por 20 anos na Prefeitura, que, naquela
época, não exigia concurso.
Acho que vocês erraram num detalhe: quando se
aprovou a lei, aquele era o momento de, talvez, se apresentar uma emenda.
Porém, eu nunca fui procurado para isso. Portanto, vamos buscar uma maneira
para que se atenda aos interesses do próprio IMESF - votei contra, mas já está
aprovado -, mas que também se atenda aos interesses dos trabalhadores.
Eu sou radicalmente contra dar um pontapé em mil
pessoas que estão há 20 anos prestando serviço na periferia pobre do Município
de Porto Alegre. Estou junto nessa luta.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MARIA
CELESTE: Sr. Presidente; Gilmar França, Presidente do
Sindisaúde, liderança reconhecida na nossa Cidade; sinta-se muito à vontade na
Câmara Municipal de Porto Alegre para trazer não só o tema do PSF, mas vários
outros temas, que o Sindisaúde já trouxe a essa tribuna. Essa é uma liderança
importante, que defende não apenas os médicos, mas todos os trabalhadores da
área da Saúde. Primeiro, esse registro, que é importante fazer.
Segundo, quero dizer
que, lamentavelmente, esta Casa ainda não conseguiu as assinaturas para a CPI
da Saúde. E essa informação que o Ver. Valter Nagelstein traz, de que houve,
inclusive, confisco de bens, eu desconhecia e acho importante, Ver. Valter, que
V. Exa. apresente quem são as pessoas envolvidas nessa situação e quem
determinou o confisco de bens dessas pessoas relacionadas ao escândalo do
instituto Sollus, porque nós desconhecemos. Já que V. Exa. afirmou nessa
tribuna, acho que deve trazer, a esta Casa, nome, endereço, quem são,
inclusive, para que a Comissão de Saúde possa atuar nesse caso. Porque, até
agora, nós não tivemos solução alguma sobre esse aspecto do recurso que foi
desviado, em torno de R$ 9 milhões da Saúde de Porto Alegre. Então, acho
extremamente significativo e importante que o Ver. Valter venha a essa tribuna
esclarecer essa questão que ele colocou.
Também quero
dizer que nós, sim, queremos buscar uma solução para os trabalhadores que já
estão, há mais de 20 anos, no programa de Estratégia de Saúde da Família. Essa
era uma preocupação que nós tínhamos na votação do Projeto. Eu lembro que foi
uma árdua discussão, e não conseguimos construir com o Executivo efetivamente
algo nesse sentido. Talvez, agora, com o seu alerta, possamos, novamente, fazer
um grande esforço, a exemplo do que aconteceu com os trabalhadores do GHC, que,
à época, foram 1.300 trabalhadores reincorporados, que estavam em cargos em
extinção até os dias de hoje. Talvez seja dessa forma que precisamos articular
com o Executivo, com o próprio Tribunal de Contas e com o Ministério Público.
Muito obrigada por sua presença, seja muito bem-vindo a esta Casa.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver.
Haroldo de Souza; Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, eu não
pretendia falar sobre o problema da Tribuna Popular, mas ouço Vereadores do
mais alto gabarito falarem sobre o Instituto Sollus e as dificuldades que a
Prefeitura iria enfrentar, e não dizem a realidade, então, eu sou obrigado a
falar. Eu já mostrei que, no dia 12 de março de 2009, a Prefeitura identifica
CNPJs, das gráficas emissoras fiscais, falsos. No dia 16 de março do mesmo ano,
quatro dias depois, determina a suspensão de pagamento ao Instituto Sollus. Dia
16 de março, no mesmo dia, informa o Ministério Público. Dia 20 de março, entra
com a ação de Inquérito Policial em São Paulo, onde é a sede do Instituto
Sollus, no 15º Distrito Policial. Eu posso continuar falando, mas eu vou
encerrar agora.
No dia 5 de outubro de 2010, ocorreu a expedição de
Certidão de Dívida Ativa aos débitos do Instituto Sollus. Em outubro de 2010,
ajuizamento da ação em São Paulo; está em execução. Em 2011, foram localizados
e penhorados os itens dos diretores da Sollus, e o processo está em plena
execução.
E, por outro lado, eu quero dizer que tudo que se
tem de dificuldade aqui são R$ 5.826.000,00, e não R$ 9 nem R$ 10 milhões!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obrigado, Ver. João Dib, Líder do Governo.
O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Presidente, eu só quero refutar algumas coisas que
julgo importantes nesses dois minutos. Primeiro, houve uma Emenda construída
aqui, lá atrás, antes de se falar em IMESF – o Ver. Toni Proença está ali –, no
conjunto desta Câmara, para que esses trabalhadores permanecessem, mas o
Ministério Público se posicionou contra isso! Aí, depois, quando se teve a
discussão toda a respeito do IMESF, as Bancadas que fazem parte da coligação do
PT, que estão vindo falar agora, foram contra a permanência desses
trabalhadores que já estão nos PSFs! E eu nem falo da questão da Fugast! Eu nem
falo da questão da Fugast, que o pessoal está até agora esperando para receber!
Desmontaram o Hospital Presidente Vargas, prejudicaram o atendimento do
Hospital Psiquiátrico São Pedro, do Hospital Colônia de Itapuã, ao demitir os
funcionários da Fugast. E existia a possibilidade de eles ficarem; se a Bancada
do PT, na Assembleia, tivesse votado favorável à ADIn que o Deputado Sossella
colocou lá teria, sim, a possibilidade de os profissionais da Fugast
continuarem trabalhando! Então, é isso que precisa ser respondido!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra, nos
termos ao art. 206 do Regimento, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Queremos aqui valorizar a fala do João que traz
uma reivindicação justa dos trabalhadores. E nós sempre fizemos o debate claro,
João, aqui neste plenário. Depois de 1988 não existe mais transposição direta
para serviço público. Todos nós sabemos e nunca defendemos, nunca praticamos
“trenzinho da alegria”. E esse foi o tema da Fugast também. Agora, o que se
construiu nos debates desse processo foi, sim, a possibilidade de valorização
dos títulos da experiência em PSF; nos títulos, na certificação. Isso foi
construído, debatido, porque faz parte do processo. Nós queremos que isso seja
garantido, porque é uma experiência preciosa que tem que ser valorada, porque é
pequena ainda e é um acúmulo importante para uma qualidade a partir do
concurso.
Eu não vou entrar na
polêmica do debate, IMESF ou não; nós defendemos o serviço público; votamos
contra a terceirização na Saúde, mas acho que esse tema da valorização de quem
trabalhou até agora, o drama de quem trabalhou até agora tem que ser acolhido
com carinho por nós. Ilegalidade não se faz, não faremos e ninguém defende isso
aqui. Agora, vamos acolher com carinho a angústia de quem trabalhou todo esse
tempo e deveria ter valorado nos seus títulos essa experiência.
Parabéns por sua luta
e que ela tenha sucesso.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Dr.
Thiago Duarte está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento, pelo
Governo.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Eu quero deixar a
Ver.ª Sofia Cavedon tranquila. Está aqui o Edital que valoriza, sim - e é uma
ementa deste Vereador -, o trabalho em PSF em Porto Alegre, em cinco pontos. É
só ler o Edital; Edital para concurso público, para emprego público, celetista,
pelo Município de Porto Alegre.
(O Ver. Dr. Thiago
Duarte entrega o Edital para a Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): Não havendo mais
manifestações, está encerrada a Tribuna Popular com o Sr. Gilmar Luis de
França, do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos Duchistas,
Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Estado do Rio Grande
do Sul.
Apregoo o Memorando nº 09/2012, de autoria
do Ver. Márcio Bins Ely, que solicita representar esta Casa no dia de hoje, a
partir das 14h, na sala Juá, no Centro de Eventos Plaza São Rafael. O assunto a
ser tratado é a VI Conferência Estadual dos Advogados, cuja temática é Direito,
Advocacia e Processo, OAB/RS 80 anos de história e os novos rumos da advocacia.
Passamos às
O Ver. Mauro Zacher
está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Paulinho Rubem Berta
está com a palavra em Comunicações.
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr.
Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Sras. Vereadoras; Srs. Vereadores, todos que
nos assistem, eu, hoje, me sinto muito feliz, muito realizado, porque
acompanhei o Executivo, o Sr. Prefeito, a primeira-dama e diversos Vereadores,
numa visita, na Lomba do Pinheiro, à antiga Zoonoses, no Hospital canino, vamos
dizer assim, um hospital que trata dos animais, que é uma criação da SEDA. Nós
votamos, aqui, Ver.ª Fernanda, a criação desta Secretaria e, hoje, ao ir lá e
encontrar os animais bem tratados, sendo feito um trabalho médico bem
resolvido, com cinco Veterinários. Dos seis cargos que votamos aqui, hoje
constatei que cinco cargos são para Veterinário, que já estão tratando dos
animais, com carinho, com muita vontade, os animais estão bem alimentados, bem
tratados. Vários Vereadores estiveram lá.
Quero dar os parabéns
à primeira-dama, Dona Regina, ao Prefeito, mas, principalmente, aos
profissionais que lá trabalham, que lá resgatam, que lá dão dignidade aos
nossos animais, aos cães, gatos, enfim. O trabalho lá está muito bonito e com
muita competência.
Mas eu venho a este
microfone, também, para fazer um apelo ao nosso querido amigo Diretor da EPTC,
Vanderlei Cappellari, vou dizer mais uma vez aqui: na Rua Wolfram
Metzler, sobre a qual eu já enviei pedido solicitando que sejam colocados lá
dois quebra-molas, todos os dias nós temos principalmente animais sendo ali
atropelados e mortos, naquela área em frente ao n° 229, onde tem uma creche,
onde tem um posto da Brigada Militar, onde era o antigo fim da linha dos
lotações Jardim Leopoldina. Eu venho a esta tribuna pedir encarecidamente que o
Diretor-Presidente da EPTC encaminhe uma turma para fazer um estudo técnico
naquela região. Desde dezembro solicitamos que fosse colocada uma faixa de
segurança em frente à creche. Sei da vontade do Diretor de fazer cumprir essa
determinação, mas, até agora, não obtivemos resposta. Então, faço este apelo
aqui.
Em terceiro lugar, quero dizer que estamos trabalhando
para que cada vez mais possamos ali... Há um trabalho do DMAE na Vila Amazônia
que faz parte do Socioambiental, o pessoal já está lá trabalhando, e estou
vendo com muita alegria a colocação do material para tratar e disponibilizar
água naquela região toda ali. O material está lá depositado. Quero dar os
parabéns ao DMAE por fazer esse trabalho, e às lideranças comunitárias que
conquistaram isso através do Orçamento Participativo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DR.
GOULART: Boa-tarde, meus amigos; boa-tarde, meus colegas queridos; imaginem só!
Depois de uma grande ausência desta Casa – três anos –, retorno e, quando eu
boto o pé no plenário, o Ver. Pedro Ruas me avisa que é a minha vez de falar.
Então, vou ter que me superar, pois estou desacostumado.
Meus queridos, foi uma caminhada árdua, uma
caminhada difícil na Habitação de Porto Alegre. Muito difícil! Cada vez que
vocês enxergarem uma casa pronta, um apartamento pronto, vocês têm que imaginar
o que se passou para se atingir essa meta, esse objetivo. Conversando com o
Ver. Pujol, ele me disse que, durante a sua época, foram feitos dez mil
apartamentos, oito mil apartamentos. Eu, perseguindo um número parecido com o
dele, consegui atingir quatro mil apartamentos ou casas no DEMHAB. Mas aí eu
estava vendo o seguinte: cada vez que se tem que fazer um condomínio há muita
exigência, Kevin Krieger, são três páginas de papel A4, de um lado e do outro,
do Meio Ambiente, da SMOV, da SPM. Como é do Governo, isso é feito de uma
maneira draconiana, há um cuidado com uma lente maior, uma lente imensa, e a
gente tem que devolver as folhas para eles com a orientação, por exemplo, de
como vai botar a praça. Para tudo porque não tem a praça como botou; para tudo
porque não explicou se vai ter estacionamento ou não vai ter estacionamento!
Então, imaginem que entregar quatro mil casas foi uma verdadeira odisseia, mas
foi interessante no sentido de que as pessoas que foram selecionadas nessas
primeiras quatro mil entregas foram as pessoas que mais necessitavam nesta
Capital. Foram pessoas de área de risco que moravam na beira de encostas, que
moravam à margem de arroios, em região alagável, que moravam em casas
deterioradas que poderiam despencar a qualquer momento, foram mulheres chefes
de família que tiveram um olhar diferenciado do Governo Federal e do Governo
Municipal de Porto Alegre. Digo Governo Federal e Governo Municipal porque,
nesse período todo, o Governo Estadual nunca esteve ao lado do Município nem da
Federação para construir uma casa sequer. Que pena que eu não possa dizer que o
Estado também esteve conosco. Foi uma verdadeira benção para mulheres com
filhos, que cuidam da sua casa, que sustentam a sua casa, mulheres com filhos,
às vezes, cadeirantes, que cuidam da sua casa sem ter um parceiro ou uma
parceira para ombrear a família, pari
passu com o seu trabalho, foi uma verdadeira libertação e cidadania,
mulheres chefes de família com vários filhos. E mais: o Orçamento
Participativo. Pela primeira vez na Habitação, o Orçamento Participativo teve
uma ação efetiva no controle e na indicação de pessoas, um dos critérios passou
a ser o Orçamento Participativo. Nos outros lugares da Federação, não existe
Orçamento Participativo, então não pode ser critério, e aqui existe. Foi uma
decisão bem tomada desde o início. Quando começou o programa Minha Casa, Minha
Vida, por exemplo, eu chamei o Comathab e todas as representações de Orçamento
Participativo na Habitação Popular, e fizemos uma parceria. Por isso se
conseguiu avançar tanto na Habitação de Porto Alegre no momento em que estive
no DEMHAB. Com o passar do tempo, na nossa nova convivência, eu vou começar a
passar algumas imagens das coisas que aconteceram. Agradeço muito...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obrigado, Vereador.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Ver. Haroldo. De fato, o Gilmar é o Presidente do Sindisaúde.
Eu o confundi com o João, e ele ficou quietinho. Eu quero recompor a minha fala
anterior: eu me referi ao Gilmar.
Sr. Presidente, eu agradeço à minha Bancada e quero
falar de um tema que nós estamos acompanhando, através da Frente Parlamentar de
Combate à Fome e à Miséria, que é o tema do Pronatec, o acesso aos cursos
profissionalizantes em Porto Alegre. Nós temos uma oferta de 6 mil vagas em 120
cursos diferentes para a nossa juventude, para as nossas mulheres, para os pais
de família que não estão profissionalizados. São cursos pagos com o dinheiro do
Governo Federal, contratados com o Senai e com o Senac, portanto, com selo de
qualidade, com excelência técnica, com equipamentos atualizados para a
participação no mundo do trabalho da nossa população. O problema é que a cidade
de Porto Alegre não se preparou para tal. Essa transição e constituição da
Secretaria do Trabalho, em Porto Alegre, atrapalharam... eu sei que está aqui o
nosso Secretário Kevin Krieger, mas acabaram atrapalhando. Porto Alegre abriu,
na segunda-feira, as inscrições, mas apenas em dois lugares, de forma
centralizada.
Desde setembro, outubro do ano passado, o Governo
do Estado e o Governo Federal vêm se reunindo com todos os Municípios,
inclusive com Porto Alegre. Quando o Governo do Estado lançou, no início do
mês, Porto Alegre não tinha ainda se organizado, e isso é triste, é lamentável!
É muito difícil para as pessoas que estão no Cadastro Único ou são do Programa Bolsa Família, que estão lá na
periferia, que não têm dinheiro sobrando para pagar uma passagem virem aqui no
Sine Mauá, um dos pontos de inscrição, ou na FASC, ali na Av. Ipiranga. Às
vezes, precisam pegar dois ou quatro ônibus. O CRAS da FASC não têm passagens
extras, eles usam muitas passagens para acesso à Saúde, para outros temas e não
receberam cota extra. A informação ainda não chegou às populações mais carentes
porque o sistema não tem profissionais suficientes, há uma falta muito grande de
pessoal nos nossos Centros Regionais de Assistência Social, e eu estou temendo
que nós deixemos milhares de vagas vazias, Secretário e Vereador Kevin Krieger.
Nós tivemos um relato, hoje, do Senac da Zona Norte
de que apenas dois lá se apresentaram esta semana. Eles fazem a sua inscrição
e, com a fichinha, vão até a escola que escolheram para fazer a matrícula, ou a
pré-matrícula. Se as turmas não se constituírem, nós somos capazes de
prejudicar todos. Agora, vocês imaginem uma empresa como a OAS, Ver. Brasinha,
que precisa de profissionais todo dia, que importou profissionais. Nós temos
muitos empreendimentos em Porto Alegre, a construção civil... Eu recebo, a toda
hora, aqui; hoje recebi eletricista, marceneiro. O mercado está aquecido, e nós
não estamos aproveitando! A nossa Cidade não conseguiu dar valor aos 6 mil
cursos gratuitos na área de informática, na área do vestuário, de serviço, na
área industrial, são áreas complexas que exigem
equipamentos, e esses cursos, via Senac e Senai, sempre foram pagos; hoje, são
gratuitos, com passagem, alimentação; e mais: a família do jovem, da pessoa que
participar desses cursos ainda vai ter acrescentados R$ 50,00 do Bolsa Família
à sua renda.
Então, não é
possível, não é admissível que a cidade de Porto Alegre não se mexa para ter
essas oportunidades, que não descentralize essa inscrição, que não pulverize
essa informação, que não mobilize as comunidades, com carro de som, porque, se
não queremos as pessoas se mantendo dependentes do Bolsa-Família, mas queremos emancipá-las,
está na hora de a Cidade aproveitar isso.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Mario
Manfro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MARIO MANFRO: Ver. Haroldo de Souza
na presidência dos trabalhos; caros colegas, hoje, ao meio-dia, houve uma
manifestação na Esquina Democrática dos colegas cirurgiões-dentistas contra a
Rede Unna.
Vou ler o que é a
Rede Unna. (Lê.): “A Rede Unna é o resultado de uma fusão de planos
odontológicos: OdontoPrev, Bradesco Dental, Rede Dental, Privian Odonto, Odonto
Serv, Sepao Assist, Prodente, Dental Corp e Biodent.” O que está acontecendo?
Houve a fusão de todos esses planos, e a proposta para cada cirurgião-dentista
credenciado é no sentido de diminuir a sua remuneração.
Há dez anos os
cirurgiões-dentistas não são contemplados com aumentos referentes a esses
credenciamentos, e a população é reajustada, claro, anualmente. Para bem
exemplificar, uma extração dentária - e eu chamo a atenção dos meus colegas
para o valor - custa R$ 9,90, Ver. Todeschini, que milita na área da Saúde.
Isso não tem cabimento. O dentista tem despesa com luva, com anestésico, com
seringa, com máscara, enfim. O que sobra, se nós colocarmos aí a biossegurança?
É aviltante, realmente. Então, foi feita uma assembleia, na qual foi decidida a
paralisação dos colegas cirurgiões-dentistas, para o não atendimento mais a
essa rede.
Eu, aqui, inclusive,
chamo a atenção da população e dos próprios colegas: da população, para que
cobre dos seus convênios, porque estão sendo majorados os preços, mas eles não
são repassados aos profissionais; dos colegas cirurgiões-dentistas, para que,
realmente, não atendam esse tipo de credenciamento e, se forem procurados para
substituir um colega que está se negando a atender, não caiam nessa esparrela.
Em última análise,
isso não é uma reivindicação classista: isso é uma reivindicação para a
população de Porto Alegre, porque, se nós baixarmos remuneração, certamente, de
uma forma ou de outra, vai haver uma diminuição na qualidade de atendimento.
Então, este manifesto é para chamar a atenção da população e dos próprios
colegas, para que não atendam mais a referida rede.
Falando ainda da
Odontologia, que é um dos focos principais do meu mandato, quero chamar a atenção
para dois Projetos que estão sendo trabalhados na Secretaria Municipal de
Saúde. Um deles é a contratação de 30 novos profissionais, 30 novos
cirurgiões-dentistas, usando aquele concurso público que foi feito, a lista de
espera.
E a outra
reivindicação que a categoria há tempo pleiteia é a realização de concurso
público para especialista. Isso também está sendo trabalhado. Me disse
pessoalmente, na época, o então Secretário Casartelli, que ele é favorável, e
aqui eu conclamo o próprio Comitê Gestor para que, quando este Projeto chegar
lá, olhe com carinho, porque, no índice de desenvolvimento do SUS, Porto Alegre
ficou como a 6ª pior Capital em termos de qualidade de atendimento bucal.
Quando nós ficamos como a 4ª melhor Capital na saúde como um todo, na saúde
bucal nós somos a 6ª pior.
Alguns progressos
foram feitos, só que nós temos que trabalhar muito, porque há muito tempo a
Odontologia ficou relegada a um segundo plano e nós temos que, agora, resgatar
esse tempo. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Kevin
Krieger está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. KEVIN KRIEGER: Ver. Haroldo,
cumprimentando-o, cumprimento todos os Vereadores e Vereadoras. Ver.ª Sofia,
faço questão de vir aqui e fazer alguns esclarecimentos em relação ao Pronatec,
em relação à parceria da Fundação e da Secretaria do Trabalho, que trabalharam
afinados com o Governo Federal, diferentemente do Governo Estadual. Por quê?
Estive em Brasília com a Ministra Tereza, uma grande parceira da Cidade na
construção das políticas da assistência, e ela me pediu que pudesse, junto com
o Secretário Pompeu, fazer a articulação e a organização do Pronatec em Porto
Alegre.
Por que não fizemos
nos CRAS - Centros de Referência de Assistência Social? Porque o Governo do
Estado fez uma veiculação de uma propaganda sem conversar com o Município, Ver.
Adeli. Colocou na imprensa que ganharia R$ 50,00 a mais, sem avisar o Governo
Municipal, sem sentar com o Governo Municipal e articular em parceria, em
conjunto essas inscrições. Diferentemente do Governo Federal, Ver. Todeschini,
que trabalhamos afinados com a Ministra Tereza. Com isso, tivemos que
centralizar, sim, as inscrições na FASC e no Sine, porque iríamos ter filas nos
CRAS e não atenderíamos direito. Hoje temos, Todeschini, 12 posições de
atendimento na Av. Ipiranga, nº 310 e duas posições no Sine para fazer as
inscrições.
E, Ver.ª Sofia, te
trago dado atualizado, agora, da Fundação: nós temos já, nesses quatro dias de
inscrições, em torno de 500 pessoas inscritas para 2.180 vagas neste primeiro
semestre. As outras vagas das quais tu falaste, as 6.000 vagas, são para o
segundo semestre. Neste primeiro semestre, são 2.180 vagas.
E é importante, sim,
que as pessoas que estão cadastradas no Cadastro Único e recebem hoje o Bolsa
Família, independente de receberem, ou pessoas que fazem parte das famílias
cadastradas venham, sim, a fazer esses cursos, que são importantíssimos,
que possam estar saindo, inclusive, do Bolsa Família, para que tenham mais
dignidade, porque os diversos cursos, Ver. Cecchim, que estão sendo
disponibilizados pelo Senac e pelo Senai, com certeza, qualificarão o mercado
de trabalho na cidade de Porto Alegre.
É uma iniciativa importantíssima do Governo
Federal, do Ministério de Desenvolvimento Social, junto com a Prefeitura
Municipal, e nós estamos sendo parceiros, mais uma vez, assim como fomos na
implantação do Sistema Único da Assistência Social, que saiu do módulo,
conforme já falou aqui a Ver.ª Sofia, para o Centro de Referência. Saímos de 21
equipamentos para 31 equipamentos de atendimentos de ponta, Ver. Cecchim. E
isso tudo, realmente, em parceria com o Governo Federal e com o Governo
Municipal, trabalhando unidos; independente de questões partidárias, independente
de qualquer questão, nós trabalhamos unidos.
O Governo Municipal, ao longo dos últimos três
anos, trabalhou na linha e na diretriz nacional do Sistema Único da Assistência
Social. E foi implantado na última gestão, nesses últimos três anos. Ainda
hoje, vou poder falar, no período de Comunicações, dos avanços que tivemos,
como por exemplo: nós tínhamos, em 2009, Ver. Valter, 30 mil famílias recebendo
o benefício do Bolsa Família. Em três anos, nós avançamos em 11 mil famílias -
de 30 para 41 mil famílias recebendo benefício hoje na Cidade, porque o CRAS e
os nossos técnicos sociais fizeram um trabalho exemplar ao longo desses últimos
anos. No Cadastro Único, nós saímos de 40 mil pessoas cadastradas para quase 70
mil pessoas, ou um pouco mais.
Inclusive, o Ver. Dr. Goulart sabe que todas as
inscrições do Minha Casa, Minha Vida hoje passam...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, e, particularmente,
o Ver. Kevin Krieger; Presidente Haroldo, hoje, estou inscrito nas
Comunicações, e, de imediato, já vou ceder o meu tempo ao Ver. Kevin Krieger,
porque este tempo é de Comunicação de Líder, e eu não gosto que haja ausência
do contraditório. Como tenho audiência no Ministério Público agora, não poderei
estar, mas deixo cedido a V. Exa., desde logo, o meu tempo em Comunicações. Há
meses, tivemos uma denúncia importante e séria com relação a algumas
casas-lares, com relação a maus-tratos, Ver. João Dib, em relação às crianças.
Maus-tratos em geral, e, no particular, pelo menos em uma casa, maus-tratos
físicos. Crianças entregues à tutela, aos cuidados de uma entidade maior. Ação
Social de Fé é uma entidade, Ver. Tarciso, de caráter religioso, cuidando de
sete casas-lares em Porto Alegre, denunciadas por maus-tratos às crianças,
maus-tratos físicos em relação a, pelo menos, uma delas, Ver. Elói Guimarães.
Isso é muito grave, muito grave. A FASC recebe a denúncia e toma a atitude, que
eu faço questão de elogiar na tribuna: fez uma intervenção de imediato,
desconstituiu aquele comando nefasto e passou, numa negociação com o Ministério
Público e com o Juizado da Infância e da Adolescência, a ter um outro tipo de
gestão, que eu não sei qual é. Mas a informação que trago aqui, e essa é a
minha preocupação. Número um: eram sete casas, dessas sete, houve mudança de
comando e de direção em quatro apenas, o que é preocupante, porque três ficaram
ainda sob a orientação e direção daquela entidade que promoveu os maus-tratos
infantis - inadmissíveis, sob todo ponto de vista. Número dois: haveria já uma
pressão dessa entidade - Ação Social de Fé - sobre o próprio Executivo
Municipal - incluindo ou não a FASC, não sei -, para retomar o conjunto das
sete casas, inclusive, aquela onde houve os maus-tratos físicos a uma das
crianças. Eu acho que isso é muito grave, é inadmissível que ocorra na Capital
do Estado, em uma parceria onde a entidade Ação Social de Fé faz convênio com o
Município de Porto Alegre, recebe valores nesse sentido; que tem uma
responsabilidade sobre as nossas crianças, que ficam jogadas à própria sorte,
já que os cuidados, que por um lado não existem e, quando existem, são
prejudiciais. Esse fato é muito grave. Acho importante que tenha nos chegado
algo enquanto já está aqui V. Exa., o Ver. Kevin Krieger. Repito, Vereador, não
gosto de nada que não tenha contraditório, por isso lhe cedi meu tempo em
Comunicações; não estarei presente, mas volto. Vou ao Ministério Público, volto
e pegarei a Ata do pronunciamento de V. Exa. para me informar do que pensa a
FASC. Mas, nesse momento, com o conjunto de dados que eu tenho, o que trago,
Presidente Haroldo de Souza, é uma informação muito grave, é a constatação de
uma intervenção eficaz e correta da FASC, mas que pode, nesse momento estar
sendo destruída por pressão da Ação Social de Fé sobre a Prefeitura, sobre a
própria FASC e, portanto, sobre o conceito de cidadania em Porto Alegre e de
proteção à infância.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obrigado, Ver. Pedro Ruas.
O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Nelcir Tessaro.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Presidente, Ver. Haroldo de Souza, criador do Flecha Negra;
Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos assiste, uma boa-tarde. Que
palavra linda: inclusão social no combate às drogas. Que palavra bonita! E
quando é praticada, ela se torna uma palavra linda. Inclusão social é do que
nós precisamos no nosso Brasil. Mas hoje eu venho a esta tribuna para falar
mais um pouquinho dos baixinhos. Sempre que eu venho aqui, o pessoal diz que o
Tarciso só fala das crianças, mas esta é a minha bandeira. Além do PSB, eu
tenho a minha bandeira, que é bandeira do coração, que é a inclusão social das
crianças através do esporte, da cultura, da educação. Eu quero cumprimentar o
Ver. Dr. Thiago Duarte, que comentou o enorme crescimento de pessoas
dependentes dos mais diversos tipos de drogas, e como ele trabalha com a
prevenção e o tratamento, fez um Projeto para atender essas pessoas e seus
familiares, na esfera municipal, onde hoje não um há local para auxiliá-los.
Parabéns, Dr. Thiago Duarte, por ter proposto este
Projeto lindo, que não tem bandeira partidária. Conte com este Vereador para
aprovação deste Projeto que tem como bandeira a inclusão das nossas crianças,
dando a elas um caminho, tirando-as das drogas.
Quero dizer que eu trabalho, há mais de 19 anos,
com crianças, principalmente as carentes. E o Ver. Dr. Thiago sabe disso, pois
o irmão dele, Thomaz, foi aluno da minha escolinha, quando ele era aluno do
nosso grande zagueiro, Anchieta.
Eu tenho uma preocupação muito grande, Ver. João
Antonio Dib - não com os albergues que atendem, sim, e também são parte
importante da nossa Cidade -, em não deixar que essas crianças cheguem a essas
casas. O problema vem lá da raiz, quando eles chegam aos cinco, seis aninhos,
que precisam ser orientados para um caminho, mas ainda estão vulneráveis, caros
Vereadores, às drogas, às chamadas bolinhas, que todos nós sabemos o que é. A
prevenção para que nós não tenhamos que, mais tarde, construir presídios,
albergues para atender essas crianças que, lá no início, não foram
preventivamente encaminhadas para outra estrada, e que não sejam levadas às
prisões. Espero que um dia, Dr. Thiago, nós, os Vereadores, não precisemos
fazer Projetos deste tipo; que esses sejam projetos do Governo e da sociedade.
Acho que todos nós – sociedade e governantes – temos o dever e a obrigação de
orientar essas crianças de cinco, seis aninhos, dentro da nossa lei, para que
não cheguem aos albergues e aos presídios quando maiores. Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Estou olhando um plenário um tanto vazio. Peço a
abertura do painel para verificação de quórum para continuarmos com os nossos
trabalhos. Por gentileza, abertura do painel. (Pausa.) Só quero deixar bem
claro que estou alertando que, quando não estiverem 12 Vereadores no plenário,
eu encerrarei a Sessão. Este pedido é um alerta para aqueles que estão no
gabinete: por gentileza, compareçam ao local de trabalho! Nada mais do que
isso, Ver. Alceu Brasinha. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Há quórum.
Continuamos os nossos trabalhos na Câmara Municipal de Porto Alegre.
O SR. ADELI
SELL: Eu estava no plenário, mas V. Exa. está extrapolando a sua função de
presidente dos trabalhos! O gabinete também é um local de trabalho; atender uma
pessoa que vem aqui também é trabalho. O senhor está se pautando porque a
imprensa, de vez em quando, vem aqui e diz que o plenário está vazio. Aqui os
Vereadores trabalham! Nós levantamos de madrugada, trabalhamos no final de
semana; Vereador não é Vereador pelo número de horas em que senta nas poltronas
desta Casa. O senhor me desculpe, mas o senhor está extrapolando as suas
funções!
O SR. NELCIR
TESSARO: Vereador, apenas quero comunicar que, neste exato momento, há dez Vereadores
reunidos no Salão Nobre para a comissão que está sendo analisada nesta Casa;
saíram daqui e agora estão no Plenário.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Vou comunicar aos nobres Vereadores que, enquanto
eu estiver exercendo a Presidência desta Casa, vou agir dentro dos meus
direitos e do Regimento, e disposições em contrário eu não vou aceitar. Se os
senhores não estiverem satisfeitos, comuniquem ao Presidente Mauro Zacher, e
que ele venha presidir esta Casa.
O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores; o Vereador-Presidente, Haroldo de Souza, está sempre ligado; está
na antena FM ou AM, Vereador? Nas duas. Está sempre tremulando as duas antenas,
ele quer ver os Vereadores aqui no plenário.
Mas eu venho aqui, Ver. Bosco, porque eu olho e
fico pensando: por que os Vereadores da oposição ocupam esta tribuna? Será que
eles não têm mais o que falar, o que pensar? Será que esses Secretários que
agora estão aqui não fizeram nada pela Cidade? Será que o Ver. Idenir Cecchim
não fez nada na época da SMIC? Será que o Ver. João Bosco, o Ver. Valter
Nagelstein, o Ver. Nelcir Tessaro, o Ver. Humberto Goulart, o Ver. Kevin
Krieger não fizeram nada pela Cidade?
Será que tem alguém bobo? Será que tem alguém que
ainda acredita nas palavras do PT? Será que tem? Se eles continuarem usando
essa estratégia, cada vez vão cair mais! E estão caindo, porque não adiantou o
Villaverde ir com a vila, não aumentou a popularidade.
Uma senhora acabou de ligar para mim e me
perguntou: “Ver. Brasinha, será que eles acham que a gente acredita neles? É
muita mentira, é muita lambança, é muita raiva, é muito azedume, é tudo de
ruim, Vereador!” Quando é que eles vão admitir que alguém faz bem pela Cidade?
O Prefeito Fortunati é um Prefeito que jamais responde com raiva, jamais! É um
Prefeito que tem a grandeza de governar o Município de Porto Alegre, trabalhar
para o Município e ser humilde. Eu confesso que eu não queria ser o Prefeito
Fortunati, aguentar o tiroteio desse pessoal aí. Como gostam de atirar, como
gostam! Mas eles têm que lembrar que tiveram 5.844 dias no Governo, que,
literalmente, estava quebrado. Está parecendo o Grêmio, que não tinha nem talão
de cheque... Se não fosse o Prefeito Fogaça buscar, adquirir novamente a
confiança dos contribuintes, das empresas, enfim, de tudo, não tinha liberado.
Aí, o Governo bota em dia as suas finanças, o Governo foi bom, se reelegeu, e
está havendo continuidade com o Prefeito Fortunati. Isso serve para eles! Será
que era tão bom o Governo deles? Eu não queria falar mais no Governo deles, mas
eu gosto de lembrar e eu tenho raiva de lembrar, porque eu cansava de pedir uma
audiência para eles, e eles nunca me deram, nunca me deram oportunidade! Depois
vem querer pregar aqui que são os donos da verdade, que atendem todo mundo....
Não atendem, não. Não me atenderam! Nunca me atenderam, Ver. Dib. Nunca! O
Governo do PT, tanto no Estado como no Município. Nunca, nunca! Aliás, uma vez
foram atender a um assalto na minha loja; a Viatura da Brigada ficou até sem
gasolina, eu tive que dar a gasolina para tirar a Viatura de dentro da loja.
Este era o Governo que tinha!
Eu reconheço as coisas boas que eles fizeram,
reconheço o que o Governo Tarso vem fazendo, mas se eles começarem a atirar
demais aqui, ficará ruim para eles. Parem de atirar e pensem no trabalho de
cada um, porque aí eu acredito que vai para frente.
Também quero dar um abraço ao meu querido amigo
Dornelles, que vem lá da Zona Sul nos visitar. O Dornelles estava há pouco
reclamando, reclamando... Por que eles batem tanto no Prefeito Fortunati? Ou
eles morrem de paixão pelo Prefeito Fortunati! Estão apaixonados, porque o
Prefeito trabalha bastante, e trabalha e trabalha; o nome desse homem é
trabalho - ele, a família e a esposa trabalham juntos. E o DMLU trabalhando,
limpando a Cidade e eles não veem.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obrigado, Ver. Alceu Brasinha.
O Ver. Kevin Krieger está com a palavra em
Comunicações.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Caro Presidente, Ver. Haroldo; quanto à fala do Ver. Pedro Ruas, acho
importante esclarecer, Brasinha, que nós tomamos uma atitude em relação a essa
denúncia de maus-tratos, Ver. João Dib, nosso Líder do Governo, nas sete Casas
Lares da Ação Social de Fé, e a Fundação fez uma ação, fechou as sete Casas
Lares e hoje não há nenhuma dessas Casas funcionando com a Ação Social de Fé.
As crianças foram encaminhadas para outros abrigos residenciais e outras casas-lares
que já estão constituídas, mas fizemos todo um trabalho, em conjunto com o
Ministério Público, com a Promotora Denise, com o Juiz Daltoé e com a Ação
Social de Fé, e estamos fazendo uma negociação para a retomada de quatro
casas-lares. Isso tudo só será feito depois que a Ação Social de Fé assinar um
Termo de Ajustamento de Conduta no Ministério Público com a Promotora Denise
Casanova Villela, junto com a Fundação, Ver. João Bosco.
Então, essa informação que o Ver. Pedro Ruas trouxe
pode ter chegado, com certeza, de uma maneira equivocada; hoje, nós não temos
nenhuma criança e nenhum adolescente acolhido institucionalmente na Ação Social
de Fé. Estamos, sim, trabalhando com o Ministério Público, com o Juizado, para
a retomada, não de sete, mas de quatro casas-lares, e só depois que passar no
Termo de Ajustamento de Conduta e no Conselho Municipal de Assistência Social,
pode ser, sim, que a gente retome quatro casas e não sete, como foi colocado
anteriormente.
Fiz questão de esclarecer essa situação, que foi
uma situação grave, e, por isso, a Fundação tomou essa atitude de fechamento;
não só de fechamento, como pediu também a troca do dirigente desta Instituição,
que é uma instituição que trabalha com casas-lares há muitos anos e sempre fez
um bom trabalho e, neste último momento, teve suas dificuldades. A FASC pediu
ao Ministério Público a troca do presidente da Ação Social de Fé, e aí, sim,
nós podemos retomar algumas casas-lares com uma outra diretriz, Ver. Cecchim,
com muita responsabilidade, com muita tranquilidade e com a parceria do
Ministério Público e do Juizado.
Queria, também, aproveitar esta oportunidade para
dizer que, enquanto eu fui Presidente da Fundação, nos últimos três anos, pude
colaborar com meu querido amigo Ver. Humberto Goulart, que foi Diretor do
DEMHAB. Quantos mil cadastros nós fizemos para as pessoas poderem ter o
benefício da casa própria, através do Minha Casa, Minha Vida! Foram milhares de
cadastros que os Centros de Referência de Assistência Social fizeram ao longo dos
últimos três anos e três meses. O dado preciso, Ver. Humberto Goulart, é que,
em 2009, nós tínhamos cadastradas, no CadÚnico, 57.454 famílias; hoje, nós
temos 80 mil famílias - saímos de 57 mil para 80 mil famílias. Saímos de 30 mil
beneficiários para 41 mil famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. Aumentamos,
Ver. João Antonio Dib, 11 mil famílias nos últimos três anos.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Kevin Krieger continua com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Pedro Ruas. Aproveito para devolver
a presidência dos trabalhos ao Ver. Mauro Zacher.
(O Ver. Mauro Zacher reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. KEVIN
KRIEGER: Obrigado, Ver. Haroldo. Continuando, Ver. Humberto, esse trabalho foi um
trabalho integrado entre as nossas Secretarias e que resultou, inclusive, numa
parceria, que era uma solicitação e uma demanda do Orçamento Participativo do
ano de 2000, que 3% das habitações populares, Ver. Valter, fossem destinadas
para o público da assistência social. Nós temos exemplos na Restinga, no Barro
Vermelho, de pessoas que ficaram 26 anos morando na rua e que hoje estão com
habitações populares ganhas através do Programa Minha Casa, Minha Vida; pessoas
que moraram 26 anos na rua, que tinham crianças acolhidas institucionalmente e
que voltaram para o seio familiar, graças ao trabalho dos nossos abrigos e ao
trabalho integrado, que o Prefeito Fortunati e o nosso ex-Prefeito Fogaça
determinaram que fizéssemos juntos.
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Kevin
Krieger, eu venho aqui fazer um aparte para dar os meus parabéns, porque V.
Exa. conduziu tão bem o trabalho da FASC. Eu, realmente, sinto-me orgulhoso
pelo seu trabalho. Quando solicitei, imediatamente o senhor me deu o retorno.
Isso é o trabalho de um bom administrador e de um bom Secretário, que, junto
com o Governo, fizeram esse trabalho. Parabéns, Ver. Kevin Krieger. Porto
Alegre ficou marcada pelo teu belo trabalho.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Obrigado, Ver. Brasinha. Eu queria, Ver. Tarciso, dar-lhe um retorno em
relação ao que V. Exa. colocou aqui, da importância de trabalharmos na
prevenção com as crianças, de cinco ou seis anos.
Eu quero trazer um dado que talvez a cidade de
Porto Alegre ainda não saiba, Presidente, Mauro Zacher, dos últimos três anos.
Esse dado é importantíssimo para mostrarmos os resultado que temos hoje nas
ruas de Porto Alegre. Em 2009, nós tínhamos 7.185 atendimentos de crianças e
adolescentes no SASE, Serviço de Atendimento Socioeducativo de seis a quatorze
anos; em março de 2012, Ver. Tarciso, nós temos 9.896. São quase 3 mil
atendimentos a mais por ano.
Para finalizar, no trabalho educativo nós tínhamos
933 atendimentos, para adolescentes e jovens. Sabem com quantos nós entregamos
em março de 2012? De 933, para 1.772. Nós saímos, de 06 a 18 anos, Ver. João
Antonio Dib, de 8.118 atendimentos para crianças, adolescentes e jovens, para
14.668.
O Sr. Tarciso
Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver.
Kevin, não é para provocar que eu vou à tribuna falar sobre as crianças. Eu
estive no Rio de Janeiro, que é uma das cidades mais violentas, como a Bahia e
o Rio, estive em Madureira, na casa de minha irmã, estive na Mangueira vendo um
trabalho. No Rio de Janeiro, hoje, a sociedade tem uma preocupação enorme, essa
é a verdade! Não são só os Vereadores, o Governo, não; a sociedade tem uma
preocupação enorme. O Complexo da Mangueira é espetacular, lá em Madureira é
espetacular. Então, é justamente sobre isso que eu venho, para que, em Porto
Alegre, possamos ter isso em abundância para que essas crianças não fiquem
vulneráveis.
O Sr. Dr.
Goulart: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Querido colega
Kevin Krieger, quero cumprimentá-lo pelo belo trabalho que fez, sereno e
lúcido, e dizer que governar também é quebrar paradigmas, e V. Exa. talvez
tenha sido o primeiro Secretário que assentou famílias - moradores de rua - em
habitações. Quero cumprimentá-lo. Antes era só em albergues e casas de
passagem; agora V. Exa. deu casa, deu lar, deu um determinismo a essas pessoas.
Parabéns.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Muito obrigado, Ver. Dr. Goulart. Então, para finalizar, eu quero deixar
esse dado, que é muito importante, porque isso, Ver. João Antonio Dib, é o
resultado nas ruas de Porto Alegre. Há anos e anos, nós andávamos em qualquer
esquina da Cidade e tínhamos centenas de crianças e adolescentes nas ruas de
Porto Alegre. Hoje dificilmente se encontra alguma criança e algum adolescente
nas ruas de Porto Alegre ou nas sinaleiras. E esse é um trabalho que nós
estamos fazendo também, agora, com a população em situação de rua acima de 18
anos.
Nós fizemos, em todo o ano passado, um Plano
Municipal de Enfrentamento à Situação de Rua para adultos, trabalhamos com
DEMHAB e já tivemos resultado ao longo do ano.
Este ano, entregaremos, através do Programa Minha
Casa, Minha Vida, mais 40 unidades habitacionais para a população que era de
rua e hoje não é mais. Também estamos trabalhando com a Secretaria de Saúde
para que as pessoas em situação de rua sejam atendidas nas Unidades de Saúde
das suas regiões e não somente no Centro – eles têm que vir da Restinga para
serem atendidas no Centro, assim como tantas outras reivindicações; trabalhos
que fizemos com o Governo, principalmente, Ver. Dr. Goulart, com os usuários.
Nós criamos um grupo com 12 pessoas - pesquisadores sociais que moravam na rua;
dessas 12, nós temos hoje 10 pessoas no Minha Casa, Minha Vida, trabalhando,
ou, então, com o benefício de prestação continuada.
Quero me despedir e agradecer pela oportunidade de
hoje, nesta Casa, poder estar falando na tribuna, voltando com muita honra a
esta Câmara, para poder qualificar, cada vez mais, a cidade de Porto Alegre e
as nossas políticas públicas.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Professor Garcia está com a palavra em
Comunicações.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
público que nos assiste, quero aproveitar este momento para fazer um relato
sobre a reunião da Comissão de Educação, Cultura,
Esporte e Juventude que ocorreu ontem no salão da Igreja Sagrada Família. E
aqui eu quero fazer uma saudação aos colegas da Comissão: Ver. Haroldo de
Souza, Ver. Tarciso, Ver.ª Sofia, Ver. DJ Cassiá e, em especial, ao Ver.
Haroldo, que, desde o início, acreditou que nós realmente poderíamos fazer
alguma coisa pela Cidade Baixa.
Eu lembro que na primeira reunião,
havia mais ou menos 300 pessoas; na segunda reunião, havia mais de 600 pessoas
lá estiveram – na ocasião, foi criado um grupo de trabalho; na terceira
reunião, havia mais de 300 pessoas. Ontem, o grupo de trabalho havia
apresentado uma proposta, e este Vereador falou que não convalidaria nada, sem
antes passar pelo crivo popular. Esse sempre foi um compromisso meu, pois a
minha origem é popular, é democrática. E, ontem, muitos estavam temerosos da
reação, como a população encararia. Ontem estavam os
músicos, moradores, usuários, donos de bares e restaurantes, representante da
Ordem dos Músicos do Brasil, do Sindicato dos Músicos, da SMIC, da EPTC, da
Secretaria de Planejamento, ou seja, os diversos órgãos colegiados na Câmara de
Vereadores, junto com a Ver.ª Fernanda e este Vereador.
Lá foi explicado o
que o grupo estava sugerindo. Depois da apresentação, ouvimos a população:
moradores, permissionários de bares e músicos - todos os segmentos. Lá ficou
acordado que, por um período de 90 dias... Quero que prestem atenção, por 90 dias,
os moradores e donos de bares, em um acordo, deram um crédito para o Município
de Porto Alegre, especificamente para seu Prefeito. Ou seja, a partir da
assinatura do seu decreto, vai valer apenas para a Cidade Baixa, de segunda a
quinta-feira, os bares e restaurantes poderão funcionar até a uma hora da
manhã, com mais meia hora de tolerância, e, sexta-feira, sábados e feriados até
as 2 horas, com mais meia hora de tolerância - isso por um período de 90 dias.
Ontem mesmo, quando terminou a reunião, conversei com o Sr. Prefeito; já
acordamos que a assinatura do decreto será feita no próprio local: na Igreja da
Sagrada Família.
A partir de agora,
quero dizer que o Município, suas Secretarias e a Brigada Militar, terão um
trabalho mais árduo de, realmente, mostrar que o Governo Municipal é capaz de
ter o controle pleno e dar tranquilidade àquela população. Ontem, a população
disse que não quer brigar com donos de bares, de restaurantes, com músicos, mas
quer ter o direito de dormir, de ir e vir.
Foi falado também da
polarização: Rua João Alfredo e algumas ruas; vai se permitir então que se
legalize aqueles bares que hoje não estão dentro do estabelecido.
Quero dizer que
atitudes como essa me gratificam, porque essa é a essência do nosso mandato: ir
ao encontro da população, ouvir e não ter medo de discutir com a população. Pois, mais uma vez, a população mostrou que é sábia e acredita, sim,
no Poder Público. O que nós esperamos é que as Secretarias do Município - e
ontem deixei isso claro ao Sr. Prefeito - façam a sua parte, façam cumprir a
legislação, para que todos possam viver de forma harmônica. Porque desde o
inicio - e o Ver. Haroldo é testemunha - o que se buscou foram normas de
convivência para que todos possam viver em paz. Muito obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Newton
Braga Rosa está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Valter
Nagelstein está com a palavra em Comunicações.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e senhores, eu
solicito que a assessoria do plenário coloque no painel uma imagem que havíamos
separado no computador. Nesse ínterim, quero fazer duas considerações. Tenho o
maior respeito e não iria de forma nenhuma polemizar com o meu colega de
Bancada, o Professor Garcia, mas só quero lamentar que o Professor Garcia não
tenha referido o papel deste colega, Secretário, que foi quem assumiu, com
determinação e coragem, o enfrentamento dos problemas da Cidade Baixa. Lamento,
Professor Garcia. Mas vou encerrar por aqui.
(Procede-se à
apresentação em vídeo.)
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Esta imagem é
do Prefeito Empreendedor, do Sebrae. Por que trago esta imagem, Ver. Idenir
Cecchim - V. Exa. até havia me dito que usaria tempo de Liderança na semana
passada? Porque acho importante e me permita, com a sua licença e dos demais
colegas, ressaltarmos isso. O Prefeito Fogaça trabalhou, Ver. Tarciso e Ver.
João Bosco Vaz...
(Aparte
antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Ver. João Bosco Vaz,
não faça isso, porque vai quebrar o decoro parlamentar, embora embeleze o
plenário, se trouxer as meninas aqui.
Srs. Vereadores,
quero rapidamente dizer que, para além da retórica ... Eu trago a imagem
porque eu não tenho aqui o troféu.
(Aparte antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Mas eu acho que das coisas boas nós precisamos falar. O nosso Prefeito
Fortunati iniciou um trabalho que se chamava transversalidade. E eu gostei
muito de ver o professor Newton Braga Rosa falando das conquistas que teve na
sua Secretaria.
Mas eu gostaria, Ver. Brasinha - e por isso trago
esta imagem -, de dizer que nós demos continuidade ao trabalho que tinha sido
começado pelo Ver. Idenir Cecchim. Esse trabalho era um conjunto de iniciativas
em favor dos micro e pequenos empreendedores. E quero dizer que, pela primeira
vez - nosso Líder, Ver. João Dib -, na história da nossa Cidade, a Secretaria
Municipal da Indústria e Comércio de Porto Alegre se submeteu a uma avaliação
do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e inscreveu quatro
projetos: o Alvará Eletrônico; a Linha da Pequena Empresa; o Programa de
Microcrédito; e os Programas de Vacinação do Rebanho Animal. E quero dizer que
passamos por série de avaliações. Das 495 prefeituras que existem no nosso
Estado, 67 se inscreveram, 33 foram selecionadas e, pela primeira vez ao longo
dos 240 anos da história da nossa Cidade, nós recebemos uma distinção e o
prêmio Prefeito Empreendedor. A avaliação, feita por técnicos e auditores,
reconheceu os esforços deste Governo, que começou lá com o Prefeito José
Fogaça, em favor das micro e pequenas empresas da nossa Cidade, com o Alvará
Eletrônico, com a Linha da Pequena Empresa, com a desregulamentação e a
desburocratização da Lei Geral da Microempresa, que esta Câmara aprovou, e no
microcrédito. Portanto, não é a Prefeitura se jactando, ou algum Secretário
dizendo isso ou aquilo; é o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas que está reconhecendo os esforços que a Prefeitura de Porto Alegre fez
em favor dos micro e pequenos empresários.
Eu gostei de ver o Kevin Krieger relatando os
projetos, as conquistas e os avanços, assim como o Newton Braga Rosa e o nosso
querido Dr. Goulart, porque, de fato, nós não estamos simplesmente chegando
aqui e dizendo que queríamos fazer, que gostaríamos de fazer; nós estamos
trazendo avanços e conquistas realizadas em favor da população de Porto Alegre,
que nos honrou, que nos distinguiu, num primeiro momento, com um mandato e, no
segundo, com o Governo do Município, para o qual nós tivemos a honra de fazer
parte, integrando as fileiras do Secretariado Municipal e de trazer, de volta
para esta Casa, realizações. Realizações que nós podemos apresentar à população
de Porto Alegre, como aquela em que o Prefeito Fortunati está ali segurando o
troféu; troféu que foi avaliado, que foi submetido e que, no fim, foi
reconhecido como a primeira vez em que Porto Alegre ganha o Prefeito
Empreendedor. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. MARIA
CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, as imagens das boas iniciativas e daquilo que nós não concordamos
são importantes, e temos mostrado aqui, Ver. Valter, para esta tribuna e para
esta Plenária, imagens da vida real, da Cidade real, qual seja, aquela em que o
posto de saúde não tem médico, aquela em que há uma grande dificuldade na
implementação de uma gestão na Saúde, ou quando a gente percebe que o Orçamento
do Município reverte um grande investimento, uma grande preocupação, uma
despesa em publicidade homérica, ao passo que, em alguns programas e em alguns
projetos da Saúde há execução zero. E é importante dizer isso aqui dizer, Ver.
Kevin Krieger, porque nós estamos às portas de um programa nacional que vai ser
implementado aqui no Estado do Rio Grande do Sul, que é o combate ao craque,
numa parceria do Governo do Estado com os Municípios, especialmente em Porto
Alegre. Vamos trabalhar junto à Comissão de Direitos Humanos nessa questão,
para que, efetivamente, o atendimento chegue aonde precisa chegar. Eu quero
dizer que lamento profundamente, pois, muitas vezes, nós temos uma grande dificuldade
nessa interlocução, para que a necessária aplicação do investimento chegue
àquele que precisa e não chega - é assim com os mais diversos projetos e
programas, especialmente projetos e programas na área da Saúde. Quando pegamos
o Orçamento de 2011, vemos que a Secretaria Municipal da Saúde empenhou, em
publicidade, R$ 2.180.000,00 - e, efetivamente, pagou quase R$ 2 milhões -,
enquanto que para programas importantes da
Secretaria, como a questão da análise clínica do Laboratório Médico Central, ou
do Laboratório de Análises Clínicas, percebemos que o empenho foi zero.
Atenção à dependência
química - um projeto extremamente importante, em que há um esforço do Governo
Federal, do Governo Estadual e do Governo Municipal, especialmente na área de
assistência social, no combate e enfrentamento ao craque, um programa
importante na área da Saúde -, pois, no demonstrativo de 2011, na execução
orçamentária, o valor empenhado, o valor liquidado e o valor efetivamente pago:
zero. Zero, Ver. Kevin Krieger. O senhor que trabalhou com as comunidades
terapêuticas sabe do que eu estou falando.
Outros casos, como o
Sistema de Saúde da Restinga, Hospital de Pronto Socorro Zona Sul, reforma do
Hospital Pronto-Socorro - tudo isso orçado, empenhado, executado: zero. Os valores
estão aqui, Ver. João Antonio Dib, os dados estão disponibilizados no site da Prefeitura Municipal, e nós não
compreendemos isso. Já pedimos para o Secretário da Fazenda que nos explique e
nos traga efetivamente esses dados, pois ele, inclusive, nos disse que esses
dados não conferem com a realidade, mas a Prefeitura Municipal disponibiliza no
seu site esses dados. E nos preocupa
muito quando não há vaga para o atendimento de dependentes químicos, quando não
há vaga nos hospitais, quando faltam médicos para o atendimento no posto de
saúde, quando não há remédio nas farmácias do Município, quando a Secretaria de
Saúde da Prefeitura gasta um valor enorme em publicidade e não no atendimento.
Para finalizar, eu
gostaria de dizer para o Ver. Dr. Goulart - e eu não vou deixar passar isso -,
que afirmou na tribuna que o Governo do Estado não tem nenhum investimento, em
Porto Alegre, do Minha Casa, Minha Vida, que o Governo tem, sim. Ele não só tem
como já está sendo executado um investimento em uma área pública estadual, na
Travessa Escobar; um investimento que do Governo do Estado em parceria com a
Caixa Econômica Federal, do Minha Casa, Minha Vida, para atender a 160
famílias. E também está em processo de edital, na Edgar Pires de Castro - foi
necessário fazer um novo edital -, um investimento para o atendimento de 1.200
famílias. Nós não queremos aqui achar culpados; nós queremos achar solução para
o problema, tanto da Saúde, quanto habitacional. E muito me preocupa quando
simplesmente queremos achar culpados...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em Comunicações.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver.
Todeschini; Srs. Vereadores, eu venho a esta tribuna falar um pouquinho do meu
Projeto, mas antes gostaria de dar um aparte ao Ver. Valter Nagelstein.
O Sr. Valter Nagelstein: Ver. Brasinha, eu
agradeço, V. Exa., como sempre, é muito gentil. Só rapidamente, peço-lhe
perdão, porque não tive tempo anteriormente.
Ontem, o Ministro
Mendes Ribeiro comunicou, em Brasília, que Porto Alegre está iniciando um
programa pioneiro de vacinação, já havíamos feito na época do Ver. Idenir
Cecchim, mas agora vamos começar um novo projeto de vacinação que vai servir
para o Brasil todo: para brucelose e para a raiva do nosso rebanho.
Quero, ao mesmo
tempo, cumprimentar – e V. Exa. é autor da lei das mesas na Cidade Baixa – o
novo Secretário da Indústria e Comércio. Eu sucedi o Ver. Cecchim; o Omar Ferri
Júnior me sucedeu, e, ontem à noite, o Secretário Omar Ferri Júnior me ligou
para dizer que minutou, junto com o grupo de trabalho, o novo marco legal para
a Cidade Baixa. Nós trabalhamos juntos este Projeto nos últimos três meses;
aliás, desde de dezembro, quando começamos um choque de ordem na Cidade Baixa,
e, ontem à noite, conseguiu fechar o acordo da Cidade Baixa. Acho que isso é
muito importante para a Cidade. Agradeço a V. Exa. a possibilidade de fazer
este registro. Muito obrigado.
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver.
Valter.
Eu venho a esta
tribuna novamente porque tenho um projeto em andamento - o Ver. Dib já sabe,
ele tem me criticado, mas não há problema - sobre a velocidade. Para o dia 24,
eu pedi uma Audiência Pública, Ver. Dib, junto à Comissão da CUTHAB, porque,
realmente, eu acho que a cidade de Porto Alegre tem locais, tem ruas em que
merece ser aumentada a velocidade. Eu continuo insistindo, porque, Ver. Dib, lá
em Florianópolis, a Av. Beira-Mar é uma avenida grande, são várias pistas e não
tem passarela, só tem faixa de segurança, e lá é permitida a velocidade de
80Km/h. No Rio de Janeiro, na avenida mais popular, a avenida mais famosa do
Brasil, a Av. Atlântica, são permitidos 70Km/h, Ver. Dib. E mais ainda, em São
Paulo tem algumas avenidas em que é permitida a velocidade de 70km/h, 80km/h e
até 90Km/h. Eu, por exemplo, acho que no final da Av. Assis Brasil, do
Triângulo para lá, tem condições de aumentar a velocidade para 70Km/h. Lá na
Av. Bento Gonçalves, também, na Av. Ipiranga, na Av. Icaraí, eu acho que cabe a
velocidade de 70Km/h.
Claro que não sou um
técnico em trânsito, jamais eu disse isso, mas eu tenho absoluta certeza do bom
trabalho que o nosso Secretário Cappellari desempenha na Cidade e vem fazendo.
E têm pessoas que vêm dizer que o Secretário Cappellari não trabalha, mas ele
trabalha muito, é atencioso e trabalha pela Cidade. Tenho certeza absoluta de
que o Secretário Cappellari pode estudar e, quem sabe, mudar a 3ª Perimetral,
depois das ações prontas, para que sejam permitidos os 70Km/h.
Então, eu acho que
esta Audiência Pública no dia 24 vai servir para nós debatermos este assunto.
Quantas pessoas já pagaram essa multa a 68Km/h, a 67Km/h? Eu duvido quem de vocês
não teve multa, eu duvido quem não anda a mais de 60Km/h na Cidade! Eu duvido,
sabem por quê? Eu só quero legalizar o que existe, a maioria das pessoas anda a
mais de 70Km/h. Aliás, tem um Vereador que passou por mim no local, Vereador
desta Cidade, que é contra o meu Projeto, eram permitidos 40Km/h e ele estava a
80Km/h. E aí? Fala e não faz? Falar é fácil, mas eu quero ver é cumprir. Isso é
difícil, Ver. Dib.
Então, eu quero dizer
que, realmente, o senhor me indica aquela rua, que é a que eu acho que temos de
passar para 70Km/h, certamente, os motoristas, os proprietários e até os
pedestres vão agradecer, porque não sei quantas pessoas já levaram multa ali. E
não deveriam ter sido multados, pois foi por questão de um quilômetro ou dois
quilômetros a mais na velocidade.
Seriam essas as minhas palavras, dizendo que,
certamente, nós...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, hoje, à tarde, nós
estivemos lá no Residencial Vila Nova, na Atílio Superti, nº 580, e ficamos
contentes por um lado, mas muito decepcionados por outro lado.
Ficamos contentes porque uma das obras que estava
sendo esperada pelo DEP está praticamente quase toda realizada, para resolver
um problema de alagamento que existia naquele Residencial. Mas fiquei muito
frustrado, Ver. Dib, por causa da qualidade das casas ali construídas, dos apartamentos,
do desleixo da obra.
Uma caixa d’água, que está com a água completamente
contaminada, uma parte dela estava cheia de detritos. E eu não vi nenhum
Departamento, de acordo com o registro que eu tenho de lá, daqueles que são
responsáveis por manter a água em estado saudável para que as pessoas possam
tomá-la. Ninguém vai até ao Residencial. Nós, inclusive, estamos fazendo esta
denúncia para ver se alguém comparece lá na Atílio Superti, nº 580.
E ficamos muito pessimistas com relação à política
de moradia que temos no nosso País.
Aquele Residencial, na verdade, é financiado pela
Caixa Econômica Federal. E a Caixa Econômica Federal, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, mantém lá, naquele Residencial, várias unidades
vazias. Retiraram moradores - isso desde novembro de 2011 -, e, até agora - nós já estamos no mês de abril -, nenhum morador
ainda conseguiu, através de contrato com a Caixa Econômica Federal, ocupar
aqueles locais. Eu sei do problema habitacional que nós enfrentamos aqui na nossa
Cidade, e eu vou ficar só aqui na nossa Cidade, mas, realmente, é um problema
extremamente grave. E quando você vê que existem várias unidades habitacionais
vazias, e por um problema burocrático essas unidades não estão sendo habitadas,
realmente, você vê que alguma falha existe, ou uma grande falha existe no
sistema habitacional do País. Não é um problema vinculado ao DEMHAB, muito
embora, é claro, aquelas unidades foram repassadas à população através do
DEMHAB, mas aquelas unidades que foram devolvidas para a Caixa Econômica
Federal são um problema da Caixa Econômica Federal. Mas, infelizmente, a Caixa
não conseguiu abrir um processo para que aquelas pessoas que estão na lista de
espera possam habitar aquelas unidades residenciais. Estão em péssimo estado,
com toda a certeza, num local onde alaga - e agora a obra do DEP é que vai
fazer com que esse alagamento possa ser combatido -, num local que precisa de
um investimento a mais da Caixa Econômica Federal. E através de uma ação junto
ao Ministério Público e também uma ação movida pelos moradores - Ver. Tessaro,
que conhece bem lá o assunto -, também agora a Caixa Econômica Federal liberou
recursos para que as obras dentro do residencial possam ser realizadas. Isso
vai fazer com que - com as obras do DEP também realizadas - possamos combater
aquele problema que existe dentro do residencial.
Mas é lamentável
saber que numa Cidade onde existem tantas pessoas precisando morar, tantas
pessoas com problemas habitacionais, nós temos um local com muitos apartamentos,
muitas casas vazias esperando apenas que, num processo, se possa, realmente,
fazer com que possam ter a sua situação melhorada, indo para esses locais. Mas
esperamos que em breve a gente possa ter, realmente, uma ação mais efetiva por
parte da Caixa Econômica Federal, e também através do DEMHAB, por que não?
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Passamos ao
O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência de tempo do Ver. Tarciso Flecha Negra.
O SR. NELCIR
TESSARO: Ver. Carlos Todeschini, presidindo esta Sessão, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores; quero agradecer o Ver. Tarciso pela cedência do seu espaço para
falar em Grande Expediente. O assunto já foi debatido por muitos nesta tarde,
inclusive pelo Ver. Kevin. Agora, o Ver. Braz traz um tema muito importante,
que é o tema do PAR Santa Mônica, que, por tanto tempo, teve problema de
alagamentos. E outro grave problema – só acrescentando à sua fala, Ver. Luiz
Braz – é justamente o problema dos condomínios do PAR Barcelona, do PAR Dolores
Duran e do PAR Santa Mônica. O PAR Dolores Duran tem sete apartamentos vazios,
o PAR Barcelona tem seis vazios, e o PAR Santa Mônica tem 18 ou 20 casas
vazias. Não há o preenchimento dessas vagas porque o Município é que tem que
fazer o encaminhamento para a Caixa Federal. Primeiro, a Caixa faz a rescisão
dos contratos com as pessoas que desistem, passam a residir no Interior, ou
simplesmente abandonam por falta de pagamento. É feita a rescisão, a Caixa paga
o condomínio até o dia que ela fica de posse da unidade, passa a lista das
unidades vagas para o Município, e o Município faz o preenchimento. Então, acho
que o Município tem que ser bem mais rápido, mais ágil, pois a gente vê casas
fechadas há quase dois anos e pessoas morando na rua, não tendo onde residir.
Eu o cumprimento por trazer a público essa questão, porque tenho feito
cobranças permanentes para que não se deixem as habitações abandonadas como
estão.
Eu quero falar aqui hoje sobre
dois Projetos. Primeiro, sobre a Lei Municipal nº 10.845, de 2010; eu insisto,
já falei dessa Lei, que foi sancionada no dia 5 de março de 2010, que é a Lei
do Cadmut. O Cadmut serve justamente para dar transparência ao Executivo, aos
mutuários, às pessoas que não têm habitação e que se inscrevem no Município, no
Departamento Municipal de Habitação, para serem contempladas com suas casas.
Num dos artigos, no art. 5º, está escrito que o Cadmut será divulgado no site do Executivo Municipal. E mais
ainda: que o Cadmut será realizado nas 17 Regiões do OP. Todas as 50 mil
famílias de diversos locais que se inscreveram para habitação popular, Ver.
Kevin, estão inscritas na totalidade. Mas essa Lei era para fazer com que essas
50 mil famílias fossem divididas por regiões da Cidade, para facilitar a
construção de habitações e para evitar a manipulação, o beneficiamento na
entrega das unidades habitacionais. Existiria uma transparência no site do Executivo Municipal de todos os
inscritos no Departamento Municipal de Habitação. Cinco de março de 2010. Nós
estamos no dia 12 de abril de 2012, dois anos se passaram, e até hoje nada foi
realizado. Então, quando eu digo que leis não são cumpridas pelo Executivo, é o
que está acontecendo aqui.
Quero falar agora da Lei nº 10.827, de 2010 também.
Essa Lei foi sancionada no dia 1º de fevereiro de 2010, pelo Prefeito José
Fogaça. Essa Lei diz: “Art. 1º Ficam reservadas para os membros ativos da
Polícia Civil, Brigada Militar e Guarda Municipal 10% das habitações dos
empreendimentos habitacionais de interesse social que tenham a participação do
Executivo Municipal na construção ou divulgação do seu processo de inscrição,
seleção ou ingresso.” Vejam bem, o art. 1º diz claramente que 10% das
habitações são para a Guarda Municipal, a Polícia Civil e a Brigada Militar. Eu
entrei em contato com a Caixa Econômica Federal no dia de ontem. Foram
entregues, na semana passada, 800 habitações. Estão para ser entregues, no mês
de julho, na Av. Bento Gonçalves, 500 habitações. Foram entregues, no mês de
dezembro do ano passado, no Repouso do Guerreiro, Camila I e Camila II, 700
habitações. Nós tínhamos que ter beneficiado 250 famílias da Segurança pública
de Porto Alegre. Duzentas e cinquenta famílias; poderia ser parte da Guarda
Municipal, parte da Polícia Civil e parte dos nossos soldados que não têm renda
superior a R$ 900,00.
Ver. Tarciso, os nossos brigadianos para chegarem a
suas casas hoje tiram as fardas, com medo de chegar onde moram. E a Lei está
aqui! Dois anos e dois meses! E nenhum encaminhamento para a Brigada Militar
foi dado, Ver. Tarciso. O que nós estamos fazendo aqui? Produzindo leis para
quê? Para não serem cumpridas? O Executivo acha que aqui é um local de faz de
conta? Que a gente faz leis que só ficam valendo aqui dentro para nós? Que
talvez sejam como “os projetos faz de conta” que anunciam, mas que vão sair
daqui a dez anos? Aqui não se faz de conta como muita coisa que se faz de conta
no Executivo, Ver. Luiz Braz!
O Sr. Luiz
Braz: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nelcir
Tessaro, V. Exa. toca num tema extremamente importante para todos nós da Casa e
para a sociedade em geral. Nós já estamos, na Comissão de Justiça, em contato
com o Executivo Municipal para formarmos uma comissão – e eu pedi ao Prefeito
que fosse uma comissão com a Câmara e o Executivo – a fim de verificar toda
legislação que não está sendo cumprida. São muitas as leis que não estão sendo
cumpridas, às vezes até por desconhecimento do Executivo, por incrível que
possa parecer. Precisamos urgentemente fazer com que todas as leis sejam
cumpridas ou, então, declaradas inconstitucionais.
O SR. NELCIR
TESSARO: Exatamente, muito importante, obrigado por sua contribuição. Quero dizer
que, da minha parte, estou encaminhando ao Ministério Público esse relato sobre
o descumprimento da nossa legislação. O descumprimento da legislação e o
descumprimento do Cadastro, pois cerca de 60% das famílias incluídas nas
habitações de Porto Alegre nunca estiveram em um cadastro no Município. No dia
2 de abril, foram entregues habitações lá na Estrada Barro Vermelho, no
condomínio Jardim Paraíso. Ver. Tarciso, não chegam a 35% dos inscritos os
beneficiados; 65% não sabemos quem são! Qual é o tipo de seleção: você pode ter
um apartamento ou você não pode? Você pode ou não pode? Por que não fazer como
foram feitas as inscrições para o PAR, sete ou oito anos atrás, no Mercado
Público? Havia uma publicação no Diário Oficial do dia 31 de dezembro de 2004
que mostrava a ordem das inscrições e dos beneficiados pela ordem de inscrição.
Por que o Município divulga que a pessoa tem que ficar dormindo, Ver.
Todeschini, em frente ao Departamento Municipal de Habitação para ser a
primeira a se inscrever se, depois, as inscrições não valem nada? Será que isso
é apenas um faz de conta? Não podemos mais trabalhar pelo faz de conta, não
podemos mais estar aqui deixando que as coisas aconteçam como estão ocorrendo
em Porto Alegre, onde, das 2.500 habitações, nenhuma foi para a Segurança
pública, não houve respeito às inscrições feitas, não foram sequer mil famílias
beneficiadas das cadastradas nos anos de 2008 e 2009. Não foram contempladas
pelas Regiões do Orçamento Participativo. Foram retiradas famílias da Zona
Norte e colocadas na Zona Sul.
As famílias que necessitam, com urgência, ser
transferidas da Av. Tronco, que poderiam ser as primeiras contempladas, não
foram contempladas. Não saíram dos seus barracos para ter uma moradia digna. As
famílias da Coqueiros, que, a cada enchente, perdem tudo, porque suas casas são
levadas, não foram beneficiadas. E ontem o Executivo Municipal deu ordem para
que os Vereadores mantivessem o Veto para uma Emenda que daria oportunidade de,
primeiro, retirar a Vila Keddie, que está na área central da nossa Cidade, e
aquelas pessoas não têm condições de transitar por causa do barro! É esse o
Executivo que trabalha pelo social? É esse o Executivo que está fazendo com que
a Cidade seja uma maravilha? Ou será que esse Executivo é aquele que pensa
apenas em colocar uma bola no centro do gramado “E vamos jogar a Copa, vamos
fazer gol, porque o nosso negócio é jogar futebol; a população que fique por
último, porque o nosso negócio é a bola!”, não é, Tarciso? Agora é a Copa do
Mundo! A Copa do Mundo vai dar visibilidade, virão os turistas! Para quê? Para ver
o favelamento das nossas ilhas, o favelamento do PIEC, da entrada da Cidade, ao
redor da Arena do Grêmio? O favelamento do entorno do Aeroporto Salgado Filho?
O favelamento ao lado da FIERGS? O favelamento de Viamão? É lamentável que
ainda se pense pouco nesta Cidade, que se pense dessa maneira! Não é cabível.
O Sr. Tarciso
Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo
aparte, Tessaro. É este o meu pensamento, é esta a minha preocupação, Tessaro.
Esperamos que aqui não seja como na África: a África rica e a África pobre. O
Brasil demorou muitos e muitos anos para construir um grande nome no mercado
mundial. E nós não podemos perder, por causa de uma Copa do Mundo, esse nome
que o Brasil tem lá fora.
O SR. NELCIR
TESSARO: E o Brasil está seguindo um rumo tão bom, Ver. Tarciso, que ele está
fazendo um grande estádio que custará uma fortuna, com dinheiro público, lá no
meio do Amazonas, para os índios jogarem futebol depois. Não sei, Cecchim, qual
é a bola que os índios vão usar, mas que aquele estádio em Manaus só vai servir
para os índios... É uma fortuna de R$ 500 milhões sendo gastos; com R$ 500
milhões íamos resolver boa parte do problema da habitação de Porto Alegre e do
Brasil.
O Sr.
Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Nelcir Tessaro, eu quero cumprimentá-lo pelo desabafo; aliás,
esse é o nosso papel. Eu vou lhe pedir uns segundos do seu tempo e vou trazer
um outro assunto, que também é relevante. Eu gostaria de dizer que essa não é
uma crítica ao Prefeito: é uma crítica a todos, porque nós nunca tivemos uma
Porto Alegre bem sinalizada. Eu quero lhe mostrar aqui, por exemplo (Mostra
fotografia.): esta aqui é uma placa que está próxima ao Aeroporto Salgado
Filho; por incrível que pareça, o Centro que se refere aí, não é o Centro de
Canoas, é o Centro de Porto Alegre; isto aqui é um exemplo prático. Por isso,
Vereador, acabei de protocolar um pedido para a criação de uma Comissão
Especial para nós tentarmos contribuir com o Executivo. Eu espero que os
colegas da CUTHAB e o Presidente Paulinho Rubem Berta também nos permitam que a
gente possa colaborar com a CUTHAB, com a EPTC e com o Governo. Vamos trabalhar
juntos, porque também não adianta a gente só criticar.
O SR. NELCIR TESSARO:
Concordo plenamente, Vereador. Obrigado Ver. Bernardino Vendruscolo.
O Sr. João
Bosco Vaz: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, como
colaboração já saiu um Edital para trocar todo o mobiliário urbano de Porto
Alegre, inclusive todas as sinalizações, paradas de ônibus, etc. O que
aconteceu? V. Exa. é um advogado. A empresa que perdeu entrou na Justiça contra
a empresa que ganhou, mas a Prefeitura já tomou essa iniciativa, e todo o
mobiliário urbano será trocado.
O SR. NELCIR
TESSARO: Quero agradecer pela sua contribuição e dizer que, quando eu fui
Prefeito por 32 dias nesta Cidade, assinei, em todos os grandes jornais deste
País, um Edital para que se fizesse urgentemente a nossa revisão no mobiliário
urbano, que é uma vergonha. Porto Alegre não tem sinalização de rua. O turista
chega aqui e não sabe onde é que está. Não sabe onde é que está, porque não
sabe em que rua vai entrar, porque não tem nome de rua.
Para finalizar, ainda na parte habitacional, eu
quero dizer que protocolei um Projeto - e está na discussão de Pauta de hoje -,
como já acontece em Curitiba, e também em São Paulo, para o fornecimento pela
Secretaria Municipal de Planejamento da DM Eletrônica. A DM Eletrônica é a
oportunidade que nós temos de dar um basta na burocracia porto-alegrense;
demoram aqui de seis a oito meses para fornecer uma DM, e nós precisamos
agilizar. A minha proposta é que a DM seja fornecida por meio de Internet e
obrigada a ser fornecida por meio eletrônico em 30 dias. Trinta dias. Não precisa
o Secretário assinar uma DM! Por que o Secretário tem que saber quem é o dono
de determinado terreno em Porto Alegre? Quem tem que saber é o proprietário. O
Secretário tem que saber que ele tem que fornecer a Declaração Municipal de que
se pode construir em cima de um terreno, Ver.
João Bosco. E chega de Secretário estar assinando e atrasando, porque o que
aconteceu até hoje é que demora oito meses para entregar uma DM, e a nossa
construção civil está um caos. Obrigado, senhoras e senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Apregoo o
seguinte comunicado (Lê.): “Considerando que este Vereador figura na condição
de titular, representando o PDT na Comissão Especial de Acompanhamento e Apoio
à Copa do Mundo de Futebol de 2014, em Porto Alegre, sendo o suplente o Ver.
João Bosco Vaz, venho por este solicitar a inversão das indicações acima
referidas, ficando então o Ver. João Bosco Vaz na condição de titular, e este
Vereador na vaga de suplente. Porto Alegre, 12 de abril de 2012. Dr. Thiago
Duarte, Líder do PDT”.
Também quero fazer o
registro e a referência da presença da nossa querida Ver.ª Helena da Ipê, aqui
entre nós, no plenário. Seja bem-vinda.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, a Lei
Orgânica, em seu art. 2º, é clara, precisa e concisa, quando diz que Executivo
e Legislativo são dois Poderes independentes e harmônicos. Eu não aceito que um
Vereador vá à tribuna dizer que os Vereadores recebem ordem do Executivo para
vetar este Projeto ou aceitar aquele outro Veto. Portanto, eu gostaria que
ficasse bem claro que eu não recebo ordem de ninguém. Saúde e PAZ!
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Feito o
registro, Ver. João Antonio Dib.
O Ver. Dr. Thiago
Duarte está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre
Presidente, Ver. Carlos Todeschini; eu só achei que pelo fato da cortesia de
ter liberado o tempo para que o Ver. Tessaro pudesse se manifestar, eu pudesse
usar aqueles cinco minutos para os quais eu já tinha me inscrito. Tudo bem,
sejamos objetivos.
Nós tivemos uma ação,
pela manhã, que eu julgo da mais alta importância, que foi a visita que fizemos
ao antigo Centro de Zoonoses, hoje Centro Gestor da Secretaria Especial dos
Direitos dos Animais, que, sem dúvida nenhuma, teve um processo de construção
coletiva, que foi votado e aprovado quase que por unanimidade desta Casa, à
exceção de um Vereador.
A Secretaria Especial
dos Direitos dos Animais foi discutida, primeiro, na Comissão de Saúde e Meio
Ambiente, no ano passado, pautada pelo Ver. Beto Moesch, com a presença do
Prefeito, inclusive, e, depois, votada neste Plenário. Realmente, deu uma outra
dimensão na cidade de Porto Alegre ao trato dos animais, uma visão mais humana
e, sem dúvida, uma visão mais integrada com a saúde humana.
O Ver. Bernardino
sabe muito bem disso, porque é um criador de animais, principalmente cães,
animais domésticos, e temos projetos juntos na área. Eu destaco, agora em
abril, a nossa Semana de Combate à Verminose. A saúde humana tem uma relação direta
e integrada com a saúde animal. Então, hoje, nós podemos observar esses
animais. (Mostra imagens no telão.) Esse é um cão bravio. Graças à ação de um
excelente adestrador, um técnico da Secretaria Especial dos Direitos dos
Animais, o Cláudio, que nos acompanhou nessa visita, nós podemos ver, hoje, a
excelente ação e humanização no trato com esses animais. Então, eu
quero fazer esse contraponto muito singelo, muito objetivo, para mostrar também
- é claro que devemos ter alguns problemas - exemplos de Leis que se tornaram
efetivamente realidade, e que, sem dúvida nenhuma, vão trazer Porto Alegre para
um outro patamar, um patamar de modelo, de pioneirismo no trato com os seus
animais.
O Ver. Bernardino também tem outros exemplos que
oportunamente certamente vai mostrar, que nos sensibilizaram e que talvez
possam auxiliar - e muito - até no tratamento à saúde.
Eu queria fazer esse destaque naquele nosso
Relatório da Comissão de Saúde. Nós temos ali todo o trâmite desse processo de
instituição da Secretaria Especial de Direitos dos Animais, desde o início do
Projeto, encaminhado pelo Executivo, até ter passado na Comissão de Saúde e
Meio Ambiente, ser discutido aqui em Audiência Pública, até a aprovação e a
sanção da Lei pelo Gabinete do Prefeito.
Eu quero também - neste tempo que me resta, já que
eu tinha me programado para falar por dez minutos - falar um pouco do concurso
do Instituto de Medicina de Estratégia de Saúde da Família. Tive o prazer de
ter a presença da Ver.ª Sofia Cavedon, que pôde constatar que o Edital do
concurso prevê prova de títulos, e, efetivamente, prevê uma valorização
diferenciada para os profissionais que já trabalham no Programa de Saúde da
Família em Porto Alegre. Por que isso? Isso é um privilégio? Não. Esses
profissionais foram treinados por anos no Município de Porto Alegre, e eles têm
uma capacidade e uma experiência balizadas. Então, nada mais justo do que dar
um peso diferenciado para o seu trabalho, que é o peso máximo na prova de
títulos, que são os cinco pontos.
Quero agradecer ao Ver. João Bosco Vaz, que me
cedeu este tempo no nosso rodízio, e agradecer a todos pela atenção. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ADELI
SELL: Ver. Todeschini, na presidência dos trabalhos; eu acho lastimável,
principalmente quando se começa um ano eleitoral, que algumas pessoas mostrem
ou, por um lado, que não têm caráter, ou, por outro lado, que têm um caráter
lastimável. Em breve, se algumas coisas não pararem de acontecer, vou nominar,
e, em alguns casos, terei de buscar a Justiça Eleitoral, talvez até, a
delegacia de polícia. Recentemente, eu fui a uma comunidade da Restinga, Ver.
Dr. Thiago Duarte, que V. Exa. conhece bem, tratar de um gravíssimo problema de
água. Acertei com o servidor do DMAE que nós faríamos uma reunião sobre esse
tema. “Não tem problema” – disse ele; por sinal, eu sempre fui bem atendido no
DMAE. As agendas que eu solicitei, sempre as tive. Nós estamos em 2012 e parece
que está dando um chilique em todo mundo. De repente, sai a reunião hoje,
resolvido o problema tal qual eu pedi, e solicitei por escrito - está escrito!
-, mas um outro sujeito chega na comunidade e diz assim: “Pessoal, está
resolvido o problema de vocês, só que, daqui a alguns dias, nós vamos ter um
churrasco para apoiar um candidato a Vereador, que eu quero apresentar a
vocês”. Eu pergunto o seguinte, meu Líder do Governo, e vou falar com o
Prefeito José Fortunati. Acho que o Prefeito José Fortunati - Ver. João Bosco
Vaz, V. Exa. que é um bom interlocutor do Governo, assim como o Valdir Fraga -,
fará uma diretriz para os Cargos de Confiança e Secretários. É uma sugestão que
eu faço, de amigo, de camarada, pelo bem da Cidade, porque eu, quando não faço
as coisas, não reivindico as coisas. Eu não pego a autoria de coisa que não é
minha! Agora, eu e o Ver. Cecchim sabemos que pirataria é crime, e vamos pegar
pesado! Não tentem me pisar nos calos! Não tentem sacanear! Porque os senhores
pertencem a partidos políticos e sabem. Comentei com o meu camarada Todeschini,
hoje, que, às vezes, nós sofremos até o fogo amigo. Começou uma onda de
barganhas e palavras indizíveis, impublicáveis. Como agora são 5 horas da
tarde, há crianças na frente da TV, eu me recuso a dizer os nomes.
Mas eu quero dizer para as senhoras e para os
senhores que nós precisamos tratar de lisura, de ética, de conduta. E eu sei,
em algum momento, como aconteceu, e denunciei aqui um Secretário. Eu disse, na
semana passada, que era o mais competente de todos os Secretários que eu já vi
passar na Prefeitura. Mas, passar na Prefeitura, sair de lá e deixar a mulher
como Secretária, é uma façanha - isso é uma façanha, meu caro Ver. Flecha
Negra! Nem os seus gols espetaculares tinham essa façanha! Eu lastimo lhe dizer
que o sujeito é muito competente!
Mas não é só isso. Eu já levantei aqui, e ninguém
me contestou, outros modos de operação desse cidadão. Eu tenho certeza que não
vai ficar por isso o que estou colocando aqui. Hoje, eu estou colocando de
forma serena, tranquila, um pouco chateado, porque, afinal de contas, a gente
vê coisas que não gostaria de ver, Ver. Thiago. E, no futuro, eu espero que a
gente possa chegar aqui e dizer o seguinte: “O Prefeito José Fortunati, ouvindo
um Vereador da oposição, achou correto e expediu uma norma para todos os
Secretários, cargos de confiança, sem uso da máquina pública, pela lisura”.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Vereador Carlos Todeschini, presidindo os trabalhos; Vereadores Dr. Thiago Duarte, João Bosco Vaz;
João Antonio Dib, Líder do Governo, e Idenir Cecchim; eu também estava, hoje,
visitando aquele centro de recuperação de animais - de cães e gatos - que está
sendo administrado pela SEDA. Eu também, Ver. Cecchim, quero elogiar a
primeira-dama pelo trabalho; quero elogiar esta Casa por termos aprovado essa
Secretaria. Nós conseguimos, lá no local, constatar que foi importante essa
aprovação, e que a SEDA está fazendo um trabalho maravilhoso. .
Estou falando e
reforçando isso, Ver. Dr. Thiago Duarte, porque, especialmente agora ao ver as
nuvens se movimentando, isso prova que estaremos trilhando estradas diferentes
daqui uns dias, Ver. João Antonio Dib. Mas V. Exa. não vai deixar de contar com
a colaboração especial deste Vereador, como sempre. Evidentemente, tem que
começar a medir os gritos, porque já começamos a ficar meio surdos e nervosos,
e assim não vamos colaborar, porque ficamos perturbados! Isso é normal. Só para
dizer que é bem provável que venhamos a trilhar caminhos diferentes nos
próximos dias, mas estaremos sempre apoiando as questões que achamos que
devemos apoiar. Eu não tenho como praxe “chutar balde”! Nós discutimos com
muita responsabilidade.
Ver. João Bosco Vaz,
aqui está (Mostra cartaz.) aquilo que estávamos mostrando: por incrível que
pareça, essa placa de sinalização está lá no Aeroporto Salgado Filho, e onde
está aparecendo Centro/Canoas, é Centro/Porto Alegre! Isso é um exemplo de que
nós precisamos participar ativamente com o Executivo quando define, estabelece
as sinalizações dos logradouros e dos bairros. Há falta de placas de
sinalização na Cidade; o mobiliário, realmente, precisa de uma melhorada. Estou
nesta Casa desde 2005, e ainda estamos na expectativa, porque numa hora é uma
ação, em outra hora, outra ação; numa hora, uma dificuldade aqui, noutra hora,
outra dificuldade ali - só que entendo que temos que
participar, vamos dividir responsabilidade. Não é por que agora estão fazendo
uma licitação, e uma empresa entrou na Justiça, que vamos parar. Nós já
vínhamos aguardando isso há muito tempo, mas sempre tem uma ou outra desculpa
e, de fato, há muita dificuldade quando se faz uma licitação e uma empresa
entra na Justiça. Pior de tudo somos nós, Vereadores, que ficamos esperando que
o Executivo faça algo sem a nossa contribuição. Vereador Bosco, quando propus
essa Comissão Especial era para contribuir, e não para criticar o Executivo;
era para tentar fazer a nossa parte, participar do trabalho de forma concreta.
É isso. Acho também que, se ocorrer, nós estaremos ajudando as Secretarias que
têm trabalhado voltadas para isso, como a SMAM, que trata da questão do meio ambiente,
da poluição visual. Nós estamos, há muito tempo, ouvindo as pessoas nos
cobrarem, nas ruas, por que não há placas de sinalização na Cidade. Então,
participando mais ativamente, com certeza, terei como responder por que faltam
tantas placas de sinalização de logradouros e de distribuição dos bairros na
cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Idenir Cecchim está com a
palavra em Grande Expediente.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras que estão nesta Sessão, atentos e participativos,
eu queria separar este tempo de Grande Expediente em duas partes. Primeiro, Ver. João
Dib, elogiar essa atitude que a FASC e o Sine Porto Alegre tomaram, de abrir as
inscrições para cursos de capacitação profissional.
Eu acho que nós precisamos profissionalizar as
pessoas em todo o Brasil. não só para a Copa. Os profissionais precisam ser
qualificados para o dia a dia da Cidade: para atender ao telefone, para dirigir
o táxi que leva o turista, para atender as pessoas que vão ao restaurante, para
ser motorista do ônibus, para ser recepcionista do hospital. Muitas vezes, se
tiver uma boa informação na porta do hospital, a pessoa que precisa do socorro
terá um caminho mais curto, pois não perderá tanto tempo por falta de
informação e por falta de qualificação.
Então, eu quero cumprimentar aqui o nosso colega
Kevin Krieger, que fez isso quando estava na FASC, e o Sine Porto Alegre, que
eu tive a honra de criar junto com o Prefeito Fogaça; o Sine Porto Alegre, que
tanto tem ajudado a fazer a intermediação de mão de obra, mas principalmente
que se preocupa com a qualificação, com a aproximação do mercado com quem
precisa trabalhar. É lógico que agora nós estamos num momento em que o emprego
está aquecido, mas há momentos em que o Sine presta um grande serviço. E nós
mudamos a lógica do Sine na nossa gestão, Ver. João Dib: o invés de darmos uma
cartinha para quem procura emprego, e ele atravessar a Cidade para ver se pega
essa vaga, nós abrimos o Sine para que as empresas façam a seleção lá mesmo.
Isso evita que o desempregado gaste o dinheiro que não tem, e ele fica sabendo
se vai trabalhar ou não. Eu diria que foi um ovo de Colombo.
Eu também queria destacar aqui a eleição do Ricardo
Russowsky como o novo Presidente da Federasul e da Associação Comercial de
Porto Alegre, que é uma instituição gaúcha que reúne o empresariado do Rio
Grande. O Ver. João Dib, que já foi Prefeito desta Cidade, sabe da importância
das entidades empresariais, das entidades de classe, que, muita vezes, ajudam o
Poder Público a solucionar ou a reivindicar coisas que a sociedade pede. O
Presidente Cairoli fez uma grande gestão, talvez tenha sido um dos maiores
Presidentes da Federasul que nós já tivemos. Está, agora, entregando o cargo
para um profissional de muito sucesso empresarial, Ricardo Russowsky, que já
foi Vice-Presidente e Presidente do Banrisul, conhece o mercado - eu tenho
certeza de que será um grande Presidente. Então, eu queria desejar daqui, desta
tribuna, muito sucesso ao Ricardo Russowsky nessa nova empreitada, nesse novo
desafio, que, para ele, será fácil, porque tem muita competência.
Nós temos
algumas coisas que temos de reclamar, mas uma das coisas boas que nós temos que
destacar, também, é a votação da Câmara dos Deputados de ontem, que amplia os
meios para a prova da embriaguez, e o otimismo do Presidente do Sindilojas
quanto às vendas do Dia das Mães. Eu acho que agora, com a baixa dos juros, até
que enfim, o Governo está ouvindo a sociedade e está baixando os juros do
cartão de crédito, do cheque especial. Eu acho, Ver. Brasinha, que V.Exa. vai
ter mais vendas dos seus pneus; com juros mais baixos, V. Exa. venderá mais
pneus, a Cidade vai recolher mais e o Estado vai recolher mais ICM.
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Idenir
Cecchim, realmente, quando V. Exa. falou que o banco vai baixar os juros, eu
acho que vai baixar muito... Eu tenho uma pena dos bancos, porque eles ganham
pouco! Eu não sei como há Vereadores que defendem os bancos, eu não sei como,
porque eu não defendo; só há um que eu defendo, que é o Banrisul, porque ele me
ajuda. E eu só tenho o Cartão Banricompras, é o único que eu posso ter, os
outros eu não tenho. Eu gostaria de dizer que nós temos que aumentar o imposto
para os bancos. Tem que se cobrar caro o imposto para os bancos, porque há uns
que registram as vendas que vão para São Paulo, onde o ISSQN é mais barato, aí
eles pagam mais barato e estão aqui em Porto Alegre. Não acham que os bancos
deveriam pagar mais caro? Deveriam, deveriam pagar 10%, 12% de imposto, só de
ISSQN. Eles ganham muito e sabem cobrar tudo, tu nem sabes o que tu pagas!
O SR. IDENIR
CECCHIM: O Ver. Sebastião Melo tem um Projeto dele, aqui, nesta Casa...
O Sr. Alceu
Brasinha: Eu apoiei o Projeto do Ver. Sebastião Melo e quero dizer que eu duvido
que um cidadão que esteja de acordo com um banco. A gente está sempre no
especial, meu amigo! Só débito, e nunca se sai disso. Isso é uma areia movediça,
eu sei disso, eu vivo nisso.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Obrigado, Vereador. Certamente, há um cidadão que defende esses
aumentos, ou, pelo menos, defende que se mantenha os juros: o nosso
ex-Presidente Lula, que pagou o que o Brasil devia para o FMI, que custava 3%
ao ano, e ficou pagando juros de 11% ao ano para o Bradesco, para o Itaú, para
o Safra. Agora, pelo menos estão baixando os juros.
O Sr. Valter
Nagelstein: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cecchim, eu
lhe agradeço o aparte. Eu gostaria de me somar às suas palavras desejando
sucesso ao presidente Ricardo Russowsky e à nova diretoria que assume a
Federasul, que certamente é uma entidade, como bem lembrou V. Exa., das mais
importantes do Rio Grande do Sul. Parabéns pela lembrança, e me somo a essa
homenagem que V. Exa. fez aqui da tribuna da Câmara.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Obrigado, Ver. Valter.
O Sr. DJ
Cassiá: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cecchim,
parabéns, mais uma vez, e não poderia ser diferente, pois, cada vez que o
senhor sobe à tribuna, eu compro o meu ingresso antecipado. O senhor tem um
estilo e, fora o estilo, tem conhecimento.
Ver. Brasinha, eu vou discordar do senhor. Na
verdade, eu não apoio nem o Banrisul, porque, salvo melhor juízo, no Banrisul,
o juro é maior do que na Caixa e no Banco do Brasil, e o Banrisul só patrocina
um evento popular na nossa Cidade, ou no nosso Estado, que é a Semana
Farroupilha, e fatura muito, mas não investe nada em cultura popular.
O Sr. Alceu
Brasinha: Ver. Cecchim, sou obrigado a voltar, me desculpe. O Ver. Dib me
esclareceu. Eu não gosto do Carrefour, não é? O Carrefour teve a capacidade de
dizer que baixou os juros e mandou um cartão para o Vereador oferecendo juros a
10% o mês!
O SR. IDENIR
CECCHIM: Que absurdo! Eu disse que dividiria a minha manifestação no Grande
Expediente em duas partes: a primeira com as boas coisas; a segunda para
repetir, Ver. João Dib, algumas coisas que não têm jeito de mudar.
Eu lembro que o Governador Tarso Genro anulou os
atos do Governo anterior. É verdade que o PMDB fez parte do Governo anterior?
Sim, ele fez parte e trabalhou direito onde tinha que trabalhar. E o Governador
Tarso Genro anulou os atos do Governo anterior referentes àqueles presídios que
o Governo anterior estava pronto para executar, dizendo que tinha muito
dinheiro e que aquilo era um absurdo. Passou-se mais de um ano desse Governo, e
o Governador Tarso Genro e o seu Secretário de Segurança nada fizeram; ao contrário, envergonharam ainda mais o Rio
Grande com as imagens do Presídio Central que apareceram nos últimos dias em
todos os noticiários nacionais. Em todos os noticiários nacionais, o Rio Grande
do Sul foi desprestigiado pela falta de Secretários, pela falta do Governador
no tocante às cadeias do Estado.
Agora, isso só não é nada
perto do que estão roubando em Brasília. Eu não queria voltar aqui e falar, mas
todas as semanas eu tenho que vir aqui falar de um coturno – o Ver. Valter fala
sempre em coturno alto, Vereador –, um coturno alto do PT metido numa
sacanagem, numa roubalheira. Agora, escutas envolvem o Agnelo. Sabem que é esse
tal de Agnelo? Este Agnelo é o tal do X1, parece que ele disse 001, é o mesmo,
é o Governador de Brasília! É o mesmo que era Ministro dos Esportes antes do
Orlando Silva Junior, do PCdoB - ele era do PCdoB. Essas coisas todas
aconteciam por lá. Passou para o Orlando Silva, terceirizou para o Orlando
Silva, dizendo: “Orlando, tu ficas aqui no Ministério, continua essas
coisinhas, esses negocinhos, que eu vou passar para o PT, porque lá...” Ele foi
promovido na roubalheira. Foi promovido: “Lá tem o pessoal do ‘mensalão’, eu
vou passar, vou ser do PT”. Foi para o PT e ganhou a eleição para Governador
com 66%, em cima da roubalheira do outro - outro ex-Governador que tinha lá. A
população de Brasília acreditou nesse tal de Agnelo; pois agora ele é o tal do
001 nas escutas, envolvido em escândalo também, outro Governador do PT. Eu
tenho certeza de que isso não vai acontecer, essa manchete, com o Governador do
Rio Grande do Sul, ele é um homem sério, eu acho que isso não vai acontecer com
ele, mas está demais! Esse PT nacional está demais!
Agora, como se não
bastasse isso, Ver. João Dib, outra manchete: “Presidente do PT expõe a
estratégia para a CPI”. Ele está ensinando para os Vereadores do Brasil todo,
para os Deputados e para a militância, como colocar a culpa nos outros! Só que
essa não passa mais, Ver. Valter, essa nós já conhecemos! Esse Presidente do PT
está meio atrasado. Será que ele acha que todo o mundo é idiota aqui ou que é
mais esperto que os outros, só porque ele é Presidente do PT? Não. Eu tenho
certeza de que, se o Ver. Adeli Sell estivesse aqui, ele pediria um aparte para
dizer que não concorda com esse Presidente Nacional, por ensinar a
mentir, por ensinar a desqualificar a oposição, por ensinar como se faz um
desvio de dinheiro público e ainda se defender com a maior cara de pau!
Então, isto é um absurdo grande: todas as semanas,
há um para conversar. Nós não vamos nem falar dessa moça das canoas, Ver. Valter
Nagelstein, a Ideli Salvatti. Não são canoas, são barcos, barcaças, iates. Ela
é a senhora poderosa que faz as negociações no Congresso, é ela que negocia o
toma lá, dá cá. A Ministra Ideli Salvatti, que comprou os barcos para pesca, na
época, depois constrangeu essa empresa a dar dinheiro para o PT de Santa
Catarina, que pagou a campanha dela mesma.
Mas dá para acreditar numa coisa dessas, Ver. João
Dib? Mas será que o PT e o PCdoB fizeram uma joint venture lá em Brasília, uma sociedade: tu fica com o
Ministério e vou continuar lá no PT? O tal do 001, Ver. Luiz Braz, que é o
mesmo Governador Agnelo, lá de Brasília, o que denunciava o Arruda - e tinha de
denunciar. Agora que vejo que essas denúncias eram uma cortina de fumaça para
ele esconder o que ele já vinha fazendo no Ministério e continuaria com a
sociedade, junto aos outros membros que gostam muito de fazer uma falcatrua.
Então, eu lamento ganhar aqui quinze minutos da
Câmara para falar sobre coisas que nós lamentamos. Ainda me sobram vinte segundos.
Eu queria ter vinte minutos, se a Ver.ª Sofia Cavedon estivesse aqui. Ela fala
tanto em Educação, e as escolas do Estado estão sem capina há um ano! Então, a
Vereadora quando vier gritar, da próxima vez, ela vai ter de responder gritando
por que é que ela não dá bola para as escolas.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0476/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 030/12, de autoria do
Ver. Tarciso Flecha Negra, que
dispõe sobre a obrigatoriedade de restaurantes, bares, lanchonetes e
estabelecimentos congêneres em oferecer alimentação adequada para pessoas com
diabetes e dá outras providências.
PROC.
Nº 0485/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 031/12, de autoria do
Ver. Nelcir Tessaro, que
dispõe sobre solicitação e emissão de Declaração Municipal das Condições
Urbanísticas de Uso e Ocupação do Solo (DM).
PROC.
Nº 0602/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 046/12, de autoria do
Ver. Waldir Canal, que
inclui a efeméride Semana Juntos contra o Bullyng no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de
2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, e
alterações posteriores, na última semana de setembro.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
discutir a Pauta (Pausa.) Ausente. Peço ao Ver. Haroldo de Souza que assuma a
Presidência aqui para que este Vereador possa se manifestar no período de
Pauta.
(O Ver. Haroldo de Souza reassume a Presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, obrigado, Ver.
Haroldo, pela gentileza.
Eu me inscrevi
para falar sobre dois Projetos que estão na Pauta de hoje e que considero
importantes. O primeiro é um Projeto, de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra,
que dispõe sobre a obrigatoriedade de restaurantes, bares, lanchonetes e
estabelecimentos congêneres em oferecer alimentação adequada para pessoas com
diabetes e dá outras providências. Quero cumprimentá-lo por ter levantado esse
assunto. Assim como eu, o senhor é portador de diabetes – o Ver. Cecchim
também.
Esse é um tema
que vem assumindo proporções cada vez maiores, esse é um tema que não se pode
tratar com preconceito, mas tem que ser enfrentado, tem que ter dieta,
controle, exercício e medicação. Enfim, tem que ter todo o cuidado.
Agora, o grande problema mesmo é a escolha dos
alimentos que o diabético pode consumir. Isso depende da oferta do restaurante.
Por isso, o senhor faz uma previsão que vai levar a ter uma consequência
importante na Cidade, pois os donos de restaurantes, os nutricionistas, os
encarregados, os cozinheiros, vão ter que se preocupar com isso. A consciência
sobre a matéria é, de fato, muito importante e vai fazer uma diferença
significativa. Eu penso que esse tema é útil para a Saúde pública.
O Sr. Tarciso
Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver.
Todeschini, pela preocupação. Essa é a minha preocupação também; não por ter o
diabetes, mas estamos vendo aí a obesidade...
O SR. CARLOS TODESCHINI:
Crescente.
O Sr. Tarciso
Flecha Negra: No Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, o índice é maior, por não termos
uma alimentação balanceada. Então, estou apresentando este Projeto de Lei, para
ser discutido na semana que vem, sobre a alimentação do diabético; não por
causa da Copa do Mundo, mas, sim, pelo nosso povo, e por outras pessoas que
virão nos visitar aqui, para que todos nós tenhamos uma alimentação adequada.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Um outro Projeto que eu também quero mencionar é o do Ver. Nelcir
Tessaro. Eu não examinei todo o teor, mas ouvi o senhor dizer que é possível
obter uma DM em 30 dias. Eu iria mais longe: eu penso que é possível conseguir
a DM eletrônica em 5 minutos. É um trabalho que eu já fiz, já me debrucei muito
nele no Município, e, se nós tivermos o sistema de dados informatizado e
tivermos os aéreos na escalas de 1/1000, com o sistema todo digitalizado, nós
podemos, sim, ter um sistema completamente automático, fazendo com que o
cidadão que queira construir não tenha que esperar seis ou oito meses, como nós
vimos vários casos, aqui, lamentáveis, com a DM empacada, estacionada, com
processos e mais processos sendo empilhados, e as informações de graficação e
verificação de coletor de fundos do DEP não sendo feitas. E, muitas vezes, há
urgência na construção, porque tem financiamento, porque envolve parcerias,
condomínios, vários recursos, mas o Município não cumpre com a sua obrigação.
Eu vou dizer que o problema não é de hoje, mas, hoje, ele se agravou, está
lento, está numa situação que não deveria estar. E eu tenho convicção de que se
houver investimentos, é possível, sim, realizar, basicamente, um novo voo,
atualizar os aéreos e jogar as coordenadas cartesianas da amarração das quadras
no sistema digitalizado. Nós podemos, sim, ter a DM expedida em cinco minutos.
Esse tem que ser o objetivo. Então, o senhor tem
razão, Ver. Nelcir Tessaro, em levantar o assunto, porque não dá mais para
admitir que, em pleno 2012, nós ainda estejamos nessa situação que nós vivemos.
Então, cumprimentos pela iniciativa, vamos debater, vamos aperfeiçoar e mudar a
história da Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir a Pauta. (Ausente.) O Ver. Elias Vidal está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ELIAS
VIDAL: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos assiste aqui nas galerias, como também pela
televisão, venho a esta tribuna para parabenizar o Ver. Tarciso Flecha Negra,
que apresenta um Projeto que dispõe sobre a obrigatoriedade de restaurantes,
bares, lanchonetes e estabelecimentos congêneres a oferecer alimentação
adequada para pessoas com diabetes e dá outras providências. Parabéns, porque
tudo que diz respeito à saúde tem a ver com vida, e vida é o que há de maior
valor na face da Terra. Você pode ter um lindo carro, mas se estiver morto esse
carro não tem valor algum; você pode ter uma linda casa, mas se você estiver
morto essa casa não tem valor; você pode ter títulos na parede de campão de
tudo quanto é lugar, mas morto... Bom mesmo é estar vivo, bom mesmo é estar com
saúde. Então, esse Projeto ajuda na conservação da saúde e faz um trabalho
preventivo também. Para quem não conhece o diabetes, há uma série de problemas
que podem ser desencadeados em função disso: desde a cegueira, a amputação de
uma parte do corpo e uma série de coisas. Mas em se tratando de saúde...
(Apartes antirregimentais dos Vereadores Tarciso
Flecha Negra e Alceu Brasinha.)
O SR. ELIAS
VIDAL: Vereadores, os senhores sabem que o meu tempo é curto, eu não tenho
mais tempo de Liderança de Bancada, o que eu tenho são esses tempinhos que eu
uso, mas eu vou ver se eu consigo um tempinho para os senhores.
Mas eu quero dizer que eu discordo quando alguns
colegas vêm aqui e fazem o discurso do quero-quero, quando começam a gritar de
um lado para disfarçar quando veem o predador, porque o ninho e os filhotinhos
estão do outro lado, ou seja quando vêm aqui e começam a falar do problema de
Brasília, do problema de outro Estado, do problema do próprio Rio Grande do
Sul. Nós temos que discutir os problemas de Porto Alegre, os problemas da
Restinga, da Lomba do Pinheiro, do Rubem Berta, da Vila Farrapos, das ilhas, ou
seja, temos que discutir os problemas daqui. Na verdade, ficam trazendo
problemas e situações de outros lugares distantes de Porto Alegre para não
visualizar e não discutir os problemas de Porto Alegre. Por exemplo, a CPI da
Saúde, que deveria sair, e a CPI do Instituto Ronaldinho Gaúcho, que já era
para ter saído há muito tempo.
O Projeto do Ver. Tarciso está falando sobre saúde,
sobre o problema do diabetes, e eu, só nesses últimos dias, recebi vários e-mails e contatos de várias famílias
cujos familiares que tinham problemas dos mais variados, de pulmão, coração,
diabetes, de próstata, morreram e foram chamados para cirurgia depois de
mortos. Estão ligando, mandando e-mails
e dizendo: “olha, Vidal, chamaram a minha mãe, meu pai, depois de estar morto
há 15 dias, ou há três meses”. Já tenho uns dez casos de pessoas mortas que
foram chamadas para se tratar. Eu estou chegando à conclusão de que há milhares
desses casos em Porto Alegre.
Portanto, bem que nós poderíamos trazer à tona a
CPI da Saúde para recuperar esse R$ 15 milhões. “Ah, mas não tem nada de
errado!” Que bom que não tenha! “Ah, não vai haver nada de errado no Instituto
Ronaldinho!” Que bom que não tenha! Mas, se houver, vamos trazer o dinheiro que
é do povo e vamos gastar com cirurgias. Porque, se há pessoas que estão
morrendo e estão sendo chamadas depois de mortas, se há pessoas que estão, há
três, quatro, cinco anos, vivas, esperando por uma cirurgia, então, requer,
sim, uma CPI da Saúde para pegar esses 15 ou 20 milhões, fazer um mutirão,
recuperar a saúde dessas pessoas, diminuir a fila dos que estão na fila da
morte, para que elas possam ter um tratamento digno, que é um direito de
qualquer ser humano.
Agora, vir para cá e começar a falar de outros
estados, convenhamos! Falemos dos problemas de Porto Alegre! Vamos discutir os
problemas daqui, já os temos demais, vamos nos deter a Porto Alegre, e não
fazer como o quero-quero, que desvia a atenção. Isso daí é um discurso de
quero-quero, e é muito fácil, muito barato. Falam de Brasília. Deixem que
Brasília cuide de seus problemas lá em Brasília; deixem que o Estado cuide dos
problemas no Estado...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Não há quórum, estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h33min.)
* * * * *